
vsm fala sobre volta por cima e quase retorno da DETONA
O ano de 2025 tem cara de recomeço para Vinicius "vsm" Moreira, que, voltando a jogar na posição de origem, está reencontrando o bom CS que o fez ser, antes da pandemia, considerado a principal promessa do CS brasileiro. À Dust2 Brasil, após vencer com o Flamengo o showmatch promovido pela Federação do Estado do Rio de Janeiro de Esportes Eletrônicos (FERJEE) no Rio2C, o rifler reconheceu viver um bom momento e o quanto a atual fase é importante para si próprio.
"Hoje a função que faço é a que sempre sonhei, na qual me destaquei no início da carreira. Teve um momento que tive que jogar como solo bomb. Voltei a fazer minha função tem seis meses, estou me destacando pra caramba, treinando bastante e dando a vida. Para mim é importante (voltar a me destacar), para provar que sou esse cara que faz essa função mesmo e que nasceu para ela", destacou.
O reencontro com o bom momento no CS acontece após ter deixado o Fluxo, no qual precisou atuar como solo bomb, posição à qual aceitou fazer para suprir a necessidade do time e a exerceu com amor. Questionado se, quando a organização reformulou a line com Andrei "arT" Piovezan na liderança, não buscou se tornar o star player da nova equipe, vsm respondeu que não.
"Quando o time foi remontado pelo arT, eu não queria mais ser o solo bomb. Então, ele (arT) ia fazer a função de star player, jogando nas posições top, e eu meio que falei: 'vou deixar ele fazer, o cara é mais experiente. Vou pedir para ser colocado no banco e é isso, encontrar meu novo rumo em outro time para brilhar novamente", explicou.
vsm disse ainda que também não se interessou em se tornar o star player da nova line do Fluxo: "Queria sair há tempos. Conversei um pouquinho, falando do que eu queria. Aí não seria legal mudar o arT da função natural dele. Colocá-lo para ser o solo bomb é loucura. O cara é bom fazendo o que faz. E não me interessou muito porque já tinha outras pessoas querendo fazer a função, e eu não queria jogar de novo como solo bomb."
Fora do Fluxo, vsm se viu novamente tendo a oportunidade de jogar na função favorita, mas também passando pelo árduo processo de encontrar uma organização para representar, algo inédito na carreira. Tal caminhada começou jogando ao lado de um dos bicampeões mundiais no CS:GO, Epitácio "TACO" de Melo.
"Eu acreditei nele. Voltei a ter bastante autoestima por causa do TACO, pelo que ele falava pra mim. E daí foi só seguindo, porque minha função natural é essa. Jogo em outras posições também, mas o que mais gosto de fazer é ser o star player", contou.
Apesar de ter voltado para as origens, o rifler reconheceu que está recuperando o tempo perdido estudando estrelas atuais como Danil "donk" Kryshkovets e Nikola "NiKo" Kovač.
"As funções que faço não são as do donk, mas o assisto bastante porque gosto da mecânica dele. Pego algumas coisas, como posicionamento, principalmente no L da Mirage. Estou treinando mais essas paradas. A inteligência já tenho um pouco, mas a questão mecânica ainda não tô 100%", explicou.
A volta às origens poderia ter outro significado para vsm, visto que a line contratada pelo Flamengo ficou próxima de assinar com a DETONA, a primeira organização que o rifler defendeu na carreira. A estrela Rubro-Negra confirmou as negociações e que o acerto não aconteceu por falta de patrocinador.
"Conversei com o Dudu, com o CSR. Mandei para eles, na zoeira: 'Vamos voltar com a DETONA. Estou com o time pronto aqui'. Eles se animaram, foram atrás dos patrocinadores, só que hoje quase nenhum patrocinador quer entrar. Estão mais é saindo do cenário. Aí foi só conversa mesmo. Estava quase fechado, tipo 90%. Só faltaram os patrocinadores", explicou.
vsm ainda analisou o início da trajetória do Flamengo, destacando que a line não conseguiu manter a boa largada porque problemas fora do servidor começaram a afetar o dia a dia da equipe. A ausência de um período estruturado em conjunto fez o time perder ritmo e desempenho ao longo das semanas.
Para o rifler, um bootcamp seria o suficiente para o time se acertar e voltar a ter bons resultados: "Fizemos o media day na casa que o Flamengo pegou, ficamos dois dias lá. Num momento nos sentamos e começamos a conversar sobre CS. Arrumamos coisas que não estávamos vendo de casa. Então, só de estar junto já melhora 70%. Falta esse momento de todo mundo ficar junto, sentar, treinar e ficar o dia inteiro no CS para melhorar."
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