VINI, da Imperial, durante o media day do BLAST.tv Austin Major

VINI não vê "nenhum bicho papão" no Stage 1 do Major

Capitão da Imperial disse que jogadores se veem na obrigação de avançar de fase

O BLAST.tv Austin Major será o primeiro mundial de 32 equipes e, para abrigar os 8 novos participantes, a competição ganhou uma nova fase. O Stage 1 está permeado por times que não figuram nos principais campeonatos do mundo e, para Vinicius "VINI" Figueiredo, da Imperial, nenhum adversário está muito acima do restante.

"Tivemos um bom campeonato lá na Argentina, tivemos bastante tempo para treinar e dar uma renovada no (play)book. Temos bastante chances contra os times que estão aqui no Stage 1", disse VINI em entrevista à Dust2 Brasil durante o media day.

"Não tem nenhum bicho papão. Temos uma chance de passar no 3-0, no 3-1, vai depender de como entraremos no server amanhã, nas md1s", completou o jogador.

A Imperial se preparou para o Major nos Estados Unidos e, de acordo com VINI, o foco foi no map pool e na ampliação do leque de táticas.

"Todos os times do tier 1 estavam aqui, não adiantava ir para a Europa e treinar só com o tier 2. Treinamos bastante com Vitality, FaZe, porque eles não tinham time para treinar e abusaram disso. Nos usaram como saco de pancadas (risos)", explicou.

"(Trabalhamos) mais o map pool e as táticas, porque não adianta se preparar para uma md1. Vamos pegar a B8 e é um mapa só, depois podemos ter mais 5 ou 4 jogos. Nosso foco não foi tanto neles. Obviamente, nosso plano de jogo será feito hoje, foi mais o 'geralzão'", completou.

Segundo VINI, a B8, adversária da estreia, tem um estilo de jogo simples, muito baseado na capacidade individual dos jogadores. O confronto acontece às 13h15 desta quarta-feira.

"Eles são um time bem simples. Eles tem muito fire power, essa é a única diferença deles, eles jogam o CS mais básico possível. Só que eles são mirudos, vão querer resolver na bala, e temos de estar preparados para isso", explicou.

O capitão da Imperial disse que ele e os companheiros têm de se classificar para a próxima fase.

"O time se vê obrigado, mas acho que o público está cagando e andando", disse.

O jogador disse que a pressão é normal, mas rechaçou a presença de "fantasmas" da eliminação 0-3 no Perfect World Shanghai Major.

"A pressão sempre existe, mas não é algo que pensamos. Em Xangai foi totalmente diferente. Ficamos um mês na China, os treinos já estavam ruins e não tinha aquela motivação. O time estava meio esquisito, mas agora estamos numa vibe completamente diferente", disse.

"Obviamente, não queremos sair 0-3 no Stage 1, porque é uma fase relativamente fácil de se jogar, mas estamos muito confiantes", completou.

Energia boa

No início do ano, VINI completou três anos vestindo a camisa da Imperial. Depois de mais de quatro anos na FURIA, o jogador vai na contramão do que costuma acontecer no cenário, de mudanças constantes. O jogador fez um balanço da passagem até aqui e o futuro.

"É cansativo. Estou ficando velho para porra, bateu 26 anos agora e já deu depressão do CS. Tá chegando a hora de ser coach (risos). Foram muitas experiências, muitos problemas, muito estresse", disse.

"Voltamos à fase de erros, coisas mais básicas, situações, que a primeira line não tinha muito. Cada time é um time, às vezes você tem um problema com dedicação, no outro tem problemas dentro de jogo", continuou.

VINI, porém, está empolgado com os companheiros atuais.

"Aqui estamos acertando bastante, temos uma energia boa, gostamos de jogar em conjunto. Amadureci muito como capitão, não passo tanto perrengue em campeonatos na questão de passar call, performar. Estou dando meu melhor nesse quesito. Diria que estamos no melhor momento com essa line. Chegamos campeões, vem todos mais aliviados, sabemos do que somos capazes e só queremos jogar", disse.

Questionado sobre o futuro, o jogador disse que os resultados farão toda a diferença.

"Depende muito do Major. O VRS complica um pouco a gente. Se formos mal aqui, sairmos no 0-3, por exemplo, o segundo semestre inteiro está cagado. E aí começam a vir mudanças. É engraçado dizer, mas as lines brasileiras tem muito esse ciclo do Major", explicou.

"Se tudo for bem, estivermos com tudo encaminhado, sabendo que vamos garantir uma vaga na BLAST (Bounty), depois a outra BLAST (Open London), podermos jogar as IEM, estaremos mais tranquilos e focados em treinar para conseguirmos chegar lá", finalizou.

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