dumau lamenta eliminação da Legacy no BLAST.tv Austin Major

dumau: "Não podemos abaixar a cabeça e sair como cachorrinhos"

Após eliminação, jogador comentou desconexão do time durante a série

O BLAST.tv Austin Major terminou de maneira traumática para a Legacy, mas Eduardo "dumau" Wolkmer deixa o mundial de cabeça erguida. Para o jogador, a equipe não tem de se envergonhar do resultado obtido na competição.

"É triste, não tem o que fazer, mas não podemos abaixar a cabeça e sair como cachorrinhos", disse dumau em entrevista à Dust2 Brasil.

"Jogamos muito bem o campeonato e sabemos que poderíamos ter ganho de 2 a 0 (contra a MOUZ), dominamos na maioria dos rounds, perdemos rounds com vantagem numérica, mas eles mereceram", continuou.

"Sinto que não podemos abaixar a cabeça porque isso aconteceu, porque mostramos não só para todo mundo (de fora), mas para nós mesmos, que podemos chegar, ganhar, não importa quem esteja do outro lado. Não precisa nem ser bom, se chegarmos num dia médio, e comunicarmos direito, não nos desconectarmos igual aconteceu, e perdermos vantagem e essas coisas, nós ganhamos o jogo", completou o jogador.

Para dumau, a Legacy teve o jogo na mão, mas pecou em vários detalhes, que acabaram construindo confiança no adversário.

"Senti que tínhamos controle do jogo na maior parte das vezes, mas os detalhes dos rounds que deixamos passar e perdemos algum round ou outro deu chance a eles, fez eles voltarem no jogo, mas não estávamos tão preocupados com eles, estávamos pensando na gente, sem preocupações, porque sabíamos que poderíamos fechar o jogo. Estávamos pensando mais no que poderíamos fazer no próximo round, para podermos levantar a cabeça e ganharmos", explicou.

dumau bate na tecla de que o problema foi mesmo a Inferno, que poderia ter fechado a série, e não a vantagem de 9-3 perdida na Nuke. Para o jogador, faltou "um gászinho".

"Perdemos uma execução na B e em outro round que ele pickou na Banana e saiu me matando, fiquei maluco. Eles também tiveram bolas para poder jogar e conseguiram voltar no meio do jogo, foi ficando apertado, conseguimos o 11-10, uma vantagem não só econômica, mas de cabeça também, para dar o medo neles, mas, no final, acabou sendo 13-11 para eles", disse.

"(A Inferno) foi onde mais nos desconectamos uns dos outros. Alguém morto estava vendo que o parceiro poderia fazer algo melhor e começamos a puxar uns aos outros, começamos a fazer rounds novamente e chegamos em 10-6. Demos uma caída, voltamos para o 11, estava eu, lux e latto na Banana, fizemos uma chuva de granada e ganhamos o round e depois fomos perdendo o situacional, porque na maioria dos rounds nós tivemos vantagens no entry, senti que tínhamos controle do jogo, mas escapou das nossas mãos", continuou.

"Não jogamos nosso melhor jogo, mas acabamos nos desconectando no final ali na Inferno, e um pouco na Nuke ,quando fomos para TR, mas é parte do jogo. Temos que levantar a cabeça e eles mereceram ganhar na Nuke, eles conseguiram voltar ao controle do jogo e não deixaram um gap de mapa, jogaram bem essas situações, deram backs muitos rápidos de CT, não estávamos conseguindo nos reposicionarmos no after plant e demos essa desconectada também", explicou.

dumau, da Legacy, durante o Stage 3 do BLAST.tv Austin Major

O jogador acredita que não faltou experiência - nem sobrou para os adversários -, foram mesmo os detalhes que comprometeram.

"Quando erramos, estávamos cientes do que tínhamos errado, mas vamos para o próximo round e continuamos, com mais atenção, tentando nos conectar mais vezes, com quem está morto se comunicando pelo parceiro, mas quem está vivo tem que ter a atitude falar algo. (Temos que) estar em cima cobrando essas coisas e bola para frente", disse.

Apesar da frustração, dumau diz que o Major foi importante para afastar o descrédito da Legacy e do cenário brasileiro no geral - e mostrar que os times podem brilhar mesmo em situações adversas.

"Sei que muita gente estava nos hateando, muita coisa estava ruim, as pessoas estavam nos olhando sem confiar, mas o que provamos aqui é que, não importa sua situação no momento, se você acreditar, ir para cima, ter vontade e ir com bolas mesmo, você pode ir longe. Isso provamos para nós mesmos, esse é um ponto que ficará para sempre, e vai ajudar muito nos próximos", afirmou.

"Provamos que o Brasil não é fraco, tanto que, nos playoffs, tem a chance de ter paiN, já passou a FURIA, tem FalleN, yuurih e KSCERATO, e o molodoy e o YEKINDAR já são brasileiros também. Provamos que somos fortes e podemos bater em quem acha que é grande", finalizou.

Leia também

Você precisa estar logado para fazer um comentário.