
Diretor da ESL comenta volta do Major em Cologne e novos desafios
A ESL vai voltar a realizar um Major depois de quatro anos sem ser a organizadora de um mundial chancelado pela Valve. O local escolhido foi a cidade de Colônia, que não recebe um Major há 10 anos, porém segue sendo a casa da IEM Cologne, um dos principais torneios de Counter-Strike.
Presente na IEM Cologne 2025, a Dust2 Brasil conversou com Marc Winther, diretor do ecossistema de jogos da ESL FACEIT Group (EFG) sobre o Major e a relação da empresa alemã com o torneio em Colônia.
"Voltar ano após ano para cá é muito importante. Foi um risco e uma aposta inicialmente. Citando uma fala que está em alguns lugares, disseram que nunca iríamos encher os estádios... bem, nós fizemos. Não apenas nós, mas a comunidade tem um grande papel nisso. Colônia é a cidade-natal da ESL, onde tudo começou. Tem um significado especial para muitas pessoas da staff, freelancers, e tenho certeza que a cidade também tem uma relação forte com isso."
"São mais de 12 edições, então o evento se tornou muito importante para os times e jogadores. Quando você vê os jogadores no palco, quem levantou o troféu hoje, pode ver que isso significa bastante para eles. Embora sejam 32 times no começo, só 6 colocam o pé na arena. É algo que você precisa conquistar", adicionou Winther.
Toda essa importância sobre a IEM Cologne foi algo trabalhado pela ESL, como explicou Marc Winther, que também valorizou as experiências em outras regiões mundiais.
"Sempre foi importante para nós termos um eventos mais marcantes, nos quais estamos voltando ano após ano. Se você olhar um pouco, temos outros eventos mais experimentais nos quais vamos descobrindo. Um ano fomos para a China, Brasil, Austrália, e isso é importante para termos uma globalidade, um alcance global tanto para os fãs quanto para o time. É importante ter passos nossos por todo o globo."
E para a edição de 2026, a IEM Cologne será ainda mais importante tanto para os fãs quanto para a ESL e os times participantes. A próxima edição será um Major, o primeiro do ano que vem. Winther falou dos desafios em voltar a realizar um mundial na cidade depois de 10 anos.
"Ainda segue sendo Counter-Strike, mas a parte interessante é descobrir como fazer algo mais especial e fazer com que valha a pena. Tem muitas coisas sendo trabalhadas, não posso dizer muito, porém teremos um dia extra na arena. O Major mudou muito desde 2016, agora temos três fases antes dos playoffs. Faremos o melhor para que seja super especial e tenho certeza que os fãs vão garantir que este seja um Major para a história", contou.
Winther explicou que, na IEM Cologne de 2024, 39 mil pessoas assistiram o mundial pessoalmente, vindo de 70 países diferentes. Para o Major, a expectativa é de 50 mil fãs, já que será um dia a mais na LANXESS Arena.
O último Major realizado pela ESL foi o IEM Rio Major 2022, que contou com presença da torcida em todas as fases. Winther despistou se a organizadora pode voltar a usar o sistema agora para a IEM Cologne.
"Nós estamos descobrindo maneiras de como podemos nos conectar com os fãs. Como anunciamos inicialmente hoje, são quatro dias na LANXESS Arena e mais informações virão. Estamos procurando maneiras de como engajar com os torcedores e fazerem com que sejam parte desta jornada."
Com a edição de 2026, Colônia vai receber seu quarto Major. A cidade sediou o mundial em 2014, 2015 e 2016. Winther falou sobre a possibilidade do mundial ter acontecido em outra cidade.
"Nós tivemos algumas sugestões e ideias apresentadas à Valve, mas o que mais os impactou, o que foi mais forte, foi Colônia. A decisão final é deles. Podemos dizer nossas preferências e o que achamos que é o mais forte, porém também estávamos com vontade de fazer com que Cologne seja um Major novamente. Creio que será muito emocionante", disse.
Antes, a ESL tinha no seu portfólio a IEM Cologne e a IEM Katowice como seus torneios mais relevantes e com uma longa história no Counter-Strike. No entanto, o campeonato na Polônia vai passar a ser disputado em Cracóvia. Winther descarta uma mudança de cidade para a IEM Cologne e explica o porquê.
"Estamos aqui para ficar. Isso passa pelas oportunidades que temos. Surgiu uma ótima oportunidade de crescer o evento (IEM Katowice) o levando para Cracóvia e, claro, ainda estamos mantendo nossas raízes em Katowice. Não temos planos de deixar Cologne para trás. Pelo que sei, a LANXESS Arena é uma das maiores arenas fechadas, se não a maior, na Europa. Não temos planos de mudança", detalhou o diretor do ecossistema de jogos da EFG.