dumau, da Legacy, após a derrota na final do PGL Masters Bucharest

dumau reconhece "casca grossa", mas lamenta vice: "Sensação é que não valeu nada a pena"

Jogador falou sobre "detalhes" que separaram Legacy do título e ressaltou força mental

A Legacy sai do PGL Masters Bucharest com um gosto amargo, ou melhor, uma "sensação bosta". Após o vice-campeonato, Eduardo "dumau" Wolkmer falou dos detalhes que separaram o time de uma virada histórica contra os turcos da Aurora.

"Foram muitos detalhes que fizeram a diferença, é muito perto, poderíamos ser nós agora comemorando", disse dumau em entrevista à Dust2 Brasil.

"Nós tínhamos o controle do jogo na Nuke, estávamos voltando e fomos perdendo situacionais em cima de situacionais. Se eu ganho aquele 1x3, acho que seria 11-9 e quebraria os caras. Fiquei 1x1 (e perdi). Foram muitos detalhes, mas estou orgulhoso de que conseguimos voltar com resiliência. Chegamos tão perto, mas no último mapa deixamos escapar", continuou.

"Acontece, errar é humano. Não tem o que fazer. Esse momento não vai escapar (dos pensamentos) porque foi muito baixo, alto, volta, e boom, por um detalhe, morreu (a chance do) troféu. Nós estamos nos desenvolvendo como um time, melhorando, ainda há muitas coisas para melhorar ainda, independente de ganhar ou não o troféu. Os detalhes estão ali e temos que olhá-los. Não foi o pior dos mundos, mas ficar em segundo é uma sensação bosta", completou.

O jogador, apesar de reconhecer a evolução e o apelido de time "casca grossa", viralizado pela transmissão da Tribo durante o campeonato, diz que a sensação é que toda a campanha acaba minimizada pelo vice.

"Temos desenvolvido essa camada nas nossas costas, mas a sensação é que não valeu nada a pena. Tudo que foi feito, não no nosso trabalho, porque estamos nos desenvolvendo, mas toda a campanha que tivemos aqui não valeu de nada", afirmou.

"A sensação de ficar em segundo por tão pouco… não tem como eu falar 'Meu Deus, nós merecíamos estar ali'. Nós perdemos mesmo e já era. A run que tivemos aqui nos deu pontos, mas, em questão de mérito e sentimento, não valeu de nada. Aprendemos e bola para frente, estamos prontos para ganhar o próximo", adicionou o jogador.

Agora, dumau e a Legacy voltam para o Brasil depois de um período de três meses treinando e jogando campeonatos na Europa e na Ásia.

"Hoje acordei na última gota, não porque era final, mas temos muitos campeonatos, muitas coisas para assistir, o que ajuda no jogo porque desenvolve muito, mas tem que manter a cabeça em pé para ajudar os companheiros de equipe e vai indo. Estamos fortes mentalmente, para mim essa é a parte mais importante", explicou.

"A questão do troféu é algo que virá com o tempo. Se continuarmos trabalhando, nos desenvolvendo, olhando para esses detalhes e prestando atenção no jogo. Também temos de achar uma forma de lidar melhor com o jogo emocionalmente falando, em que momento ser explosivo, em qual ser mais calmo e nos comunicarmos", completou.

O último objetivo do ano começa em pouco mais de 20 dias. O time está no Stage 1 do StarLadder Budapest Major e terá muitos desafios se quiser, assim como em Austin, chegar até a terceira fase ou ir além, para os playoffs.

"Nós vamos voltar para o Brasil agora, mas não tem como descansar. Estar lá com a família é bom, mas estarei no foco do Major, a temporada não acabou ainda. É só a questão de estar em casa mesmo e continuar focado nisso para termos uma boa run no Major", disse.

"Temos tido bons resultados, mas não podemos contar com a expectativa também, não podemos chegar achando que vai dar 3-0 em todo mundo e acabou. Temos que manter a cabeça em pé, os pés no chão, e ir de jogo a jogo, nos superando a cada jogo, e subindo. Acho que isso é uma coisa boa que podemos fazer. Estamos nos acostumando a começar do Stage 1, pegando o ritmo, e jogar campeonato é melhor do que ficar treinando", finalizou.

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