
bit fala sobre críticas no MIBR e esclarece situação com a 9z
Dois meses após sair do MIBR, Bruno "bit" Lima voltará a ser visto em uma LAN comandando uma equipe. O coach interino da 9z na FiReLEAGUE Buenos Aires conversou com a Dust2 Brasil, esclarecendo um pouco mais a própria situação na organização argentina e relembrando a passagem pelo antigo time, principalmente nos períodos de má fase, quando era um dos principais alvos da torcida.
Tendo em vista que, ao se despedir do MIBR, bit comentou nas redes sociais que tiraria um tempo para, principalmente, se dedicar à família, o retorno do coach ao competitivo foi mais rápido do que o imaginado. Segundo o brasileiro, o fator determinante foi conseguir fazer um trabalho remoto com a 9z. O veterano ressaltou, contudo, que a situação com a organização não está 100% resolvida, o que só deve acontecer após a FiReLEAGUE.
"Acabou que ficou mais fácil para mim (trabalhar remotamente com a 9z). Ficou mais cômodo porque eu estava trabalhando, mas trabalhando de casa. Então, acabou que calhou, e eu também queria ajudá-los, pois queria que eles fossem (para o Major). Mas foi uma ajuda muito rápida porque comecei faltando dois dias para o último campeonato deles valendo ponto para o MRQ", explicou.
Por mais que o fator estar mais próximo da família falou mais alto agora, bit deixou claro que a prioridade para assinar com outro time é ter uma equipe competitiva para que possa disputar por títulos fora do Brasil. "Dentro do país, claro que o nível está muito parelho entre várias equipes, mas acaba que o objetivo dos melhores times já não é mais ser apenas o melhor time do Brasil. Eles querem estar entre os melhores do mundo. Então, meu objetivo segue sendo o mesmo, independente se eu tiver que viajar ou não", afirmou.
Nesta nova passagem pela 9z, bit reencontra um velho conhecido da época em que defendeu os Violetas como jogador: Maximiliano "max" Gonzalez, o qual classificou como "braço direito" dentro do time quando era o IGL. O fato do uruguaio manter parte dos mandamentos do brasileiro após assumir a braçadeira de capitão tem facilitado o trabalho do ex-MIBR.

bit é mais um a falar que a boa sinergia entre IGL e comissão técnica, principalmente o coach, é determinante para o sucesso de um time
"É importante porque, querendo ou não, passam pelos dois, tanto em questão tática, quanto na parte estrutural do time, decisões de rotina. Então, é sempre bom ter um consenso. E o fato de eu e o max nos conhecermos facilita bastante, especialmente porque ele jogou por dois anos quando eu era o IGL da 9z. Por isso vejo que, muitas das coisas que fazia antigamente, ele manteve, o que rendeu bons resultados na forma geral", destacou.
Recapitulando a passagem de três anos pelo MIBR, viveu extremos pela equipe, já que em momentos o time era considerado o melhor do Brasil, enquanto que em outros era detonado pela torcida após derrotas. Questionado sobre o peso dessas cobranças, o treinador não reclamou, mas apontou que nem sempre o trabalho do coach, no bastidor, é visível para quem está de fora.
"Durante essas fases, obviamente todo mundo tem o seu pingo de responsabilidade, talvez algumas vezes pesam mais para o lado do coach, em outras a a comunidade pega no pé de um jogador. Então, acho que isso faz parte do nosso trabalho, querendo ou não, se você está nesse lado competitivo, no fim de tudo só a vitória é meio que importa no final. É óbvio que passamos por vários altos e baixos, momentos em que éramos elogiados e até ganhei prêmios de melhor coach. Então, tudo bem, faz parte (receber críticas) quando a equipe não está desempenhando bem", opinou.
Então, por isso, bit não se vê como injustiçado: "Na questão das críticas serem justas ou não, é muito difícil, principalmente para quem está de fora saber o que passa dentro de um time, principalmente se tratando do trabalho de um coach. É muito difícil você julgar, pois, na verdade, as únicas pessoas que sabem são aquelas que estão ali no dia a dia. Às vezes você não sabe se o coach faz alguma coisa ou não faz, ou se são os jogadores que tomam mais a frente ou não."