"Tomara que a pressão de ser eliminado ajude o nosso time", diz lux
Única brasileira a vencer um jogo no BLAST.tv Austin Major, a Legacy foi mandada para a berlinda após uma derrota para a BetBoom. Para Lucas "lux" Meneghini, ele e seus companheiros ainda não conseguiram mostrar seu verdadeiro jogo no mundial.
"(Falta) jogar como um time, neste campeonato ainda não apresentamos isso. Falta essa teamplay para fluir melhor", disse lux em entrevista à Dust2 Brasil.
Para o capitão, isso parte da individualidade de cada jogador e acaba contagiando todo o time.
"É algo que estamos vivenciando agora, antes isso não estava acontecendo. A pressão em cada jogador faz com que ela jogue mais o seu jogo, não enxergue o macro. E falo de todos do time. Isso passa um para o outro e vira uma bola de neve", explicou.
"Ontem conseguimos reverter no segundo jogo, mas acredito que ainda é pouco perto do que podemos mostrar", continuou.
Além da falta de jogo coletivo, o individual também não está em dia. Guilherme "saadzin" Pacheco é o único jogador que tem colocado números positivos, mesmo que timidamente, entre os cinco - com rating 1.06. lux, porém, acredita que o problema está mais na coletividade.
"No primeiro jogo (contra a Lynn Vision) foi muito isso (falta de individual), porque estávamos sabendo o que estava acontecendo, mas resolvemos na mira. Já na Nuke (contra a Chinggis Warriors) e hoje foi mais uma questão coletiva mesmo", disse.
O mapa, segundo lux, também não influenciou. A equipe teve a chance de jogar Mirage - onde tem seu melhor aproveitamento com 73% -, mas optou por jogar Anubis, onde o adversário tinha melhores números.
"Essa questão das estatísticas mentem um pouco. Nós, ou os próprios chineses de ontem, jogam com adversários mais fracos nas regiões e essas informações ficam bufadas. Estávamos confiantes na Anubis e acredito que ela está pronta para o resto do campeonato", disse.
Depois da vitória contra a Chinggis Warriors, saadzin disse que o time precisava se soltar mais. lux disse que houve uma preparação diferente, mas as condições do jogo hoje acabaram deixando o time ainda mais preso.
"Hoje ficamos mais presos, fizemos só três. Fizemos uma preparação diferente, para entrar numa pegada diferente, mas infelizmente não deu certo. Mas estamos quebrando a cabeça para mostrar o que a Legacy pode mostrar", disse.
Agora, o capitão espera que a iminência da eliminação ajude o time a reverter a situação. A Legacy entra nas séries melhor de três tendo de vencer dois jogos seguidos para passar de fase - uma derrota significa adeus ao Major.
"Tomara que a pressão de ser eliminado ajude o nosso time. O que faremos é entender quais são os pontos que estão nos bloqueando de jogar o nosso jogo. Entender as fraquezas dos mapas que jogamos e estar com a mira quente", disse.
"Para amanhã vamos fazer a preparação, nos soltar mais e veremos o que o futuro nos aguarda", finalizou.
