
dgt comenta começo na paiN e avisa: "Não estamos no Major só para assistir"
Depois de dois anos de ausência, Franco "dgt" Garcia está de volta ao Major. Ausente nas últimas três edições, o jogador disputará seu primeiro mundial com a camisa da paiN e, apesar de reconhecer a grandeza, não quer aumentar a pressão.
"Estou um pouco ansioso e com muita vontade de jogar esse, que é o melhor campeonato para aproveitar. Todos os jogadores sonham em jogá-lo", disse dgt em entrevista à Dust2 Brasil durante o media day do BLAST.tv Austin Major.
"É o Major, e todo mundo joga o jogo para ganhar. Você, de um jeito ou de outro, olha o campeonato de outra forma. Eu não sinto que é um campeonato (com um nível) a mais, mas que, obviamente, é o mais acirrado. Porém, não coloco uma pressão a mais", continuou.
A temporada da paiN não tem sido a mais empolgante. Com mudança na escalação, problemas de saúde e de visto, o time ainda não embalou em 2025 e chega ao Major sem muita expectativa da comunidade. Para dgt, isso é positivo.
"Não ter muita expectativa das pessoas de fora sempre ajuda, faz com que eles se surpreendam (com um possível resultado positivo). Estava falando com o nqz outro dia, nós não estamos vindo para o Major só para assistir", disse.
Para dgt, o time tem de ter um objetivo mínimo de chegar aos playoffs.
"Sinto que temos muita capacidade de passar do Stage 3. No Stage 2 estão bons times, temos que ser realistas, mas, ao mesmo tempo, não coloco pressão alguma", disse.
"Ficaria muito feliz em chegar nos playoffs. Estou vindo não só para jogar, mas também para ganhar. Apesar de saber que poderíamos ter tido mais treinos, mais tempo, sinto que o time tem o suficiente para chegar nos playoffs", completou.
Preparação
A adaptação ao time não foi fácil. A negociação se arrastou, as restrições de elenco atrapalharam a estreia, houve problemas de visto e de saúde. Mesmo assim, dgt tentou se entrosar o mais rápido possível.
"A paiN, neste início do ano, acho que só jogaram dois campeonatos bem, ainda com o kauez, mas depois jogaram todos sem ter o elenco completo. Isso significa muita coisa", disse.
"Tentei, nos treinos, que esse processo de adaptação fosse mais rápido, com eles me dando informações antes de jogarmos", completou.

Depois de estrear com o time na PGL Astana, dgt voltou para casa no Uruguai, assim como os companheiros foram ao Brasil. Foi assim, separados, que os jogadores se preparam para o Major.
"Sempre acho bom treinar na Europa. Lá tem muitos times de bom nível. Os bons times brasileiros não estão no Brasil, tinham alguns times bons e que davam para treinar. Mas os jogadores e o time estavam muito cansados por estarem há muito tempo longe de casa, e os problemas já tinham acontecido e eles precisavam voltar um tempo. Acho que foi bom para recarregarem a energia a fim de vir e aproveitarem o Major", explicou o jogador.
"Os treinos foram bons e estamos em um bom nível. Temos que chegar e demonstrar isso no campeonato e no server. Foi uma boa preparação, e estou me sentindo confortável (no time)", completou.
Inevitável
O nome de dgt figura na dança das cadeiras do cenário brasileiro há anos e anos, mas foi só agora que ele se junto à uma equipe do país. Para o jogador, a junção era inevitável.
"Eu sabia que em algum momento ia acontecer, pois, hoje em dia, a verdade é que existem muitos times brasileiros bons e não tem muitos jogadores bons de Argentina, Chile e Uruguai. E os que são bons é impossível juntar", contou.
"Então eu sabia que ia acontecer (defender uma equipe brasileira) e também era uma experiência que queria para mim porque são diferentes nacionalidades e culturas. Eu queria viver isso, aprender sobre isso e ter essa experiência de saber como é jogar por um time brasileiro. Estou muito feliz e sinto que é muito parecido com meu antigo time", completou.
Segundo dgt, ele escolheu a paiN por diferentes motivos.
"Era um time que sempre gostei e difícil de jogar contra e um time que parecia ter boa química. Para mim, isso foi muito importante. As negociações foram longas, mas é um time que sempre gostei de jogar (contra) e o time que mais gostaria de jogar porque tem o dav1d e o nqz, dois jogadores com os quais já joguei. Eles dois me facilitam muita coisa", disse.
"Jogar por um time brasileiro foi uma coisa que sempre quis e que sinto que será muito bom para minha carreira, experiência e para mim", finalizou.
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