
CEO aponta principal motivo para o Vasco entrar no CS
Em um momento que muitas organizações se afastam do Counter-Strike por conta do modelo competitivo atual, com times sendo convidados aos campeonatos pelo ranking da Valve, o Vasco eSports seguiu o caminho contrário e investiu no FPS.
Este movimento, que foge do padrão que vinha sendo visto no cenário nos últimos meses, tem justificativa: a torcida, conforme explicou Denis "pings" Vidigal, CEO da empresa que gere o Vasco eSports.
"Nosso principal motivador foi a torcida. O cenário de esports já é difícil, o do CS2 é mais ainda. Claro que também tem outros fatores, como aumentar nossas chances de conseguirmos patrocinadores, porém o ponto principal é trazer os vascaínos para acompanharem os esports", explicou o CEO à Dust2 Brasil.
pings explica que o CS2 sempre foi um jogo que a torcida vascaína sempre pediu que o clube estivesse presente, e a entrada do time nesta modalidade é visando atender esse pedido, sem pensar "no lucro em geral".
No entanto, ter uma situação financeira melhor seria importante também para a comissão técnica do time. A equipe, anunciada na última segunda-feira, tem os nomes Alef "tatazin" Pereira, Matheus "mawth" Gonçalves, Nicolas "n1cks" Paixão, Renan "RenanZin" Henrique e Victor "clon7" Mackieviez, porém sem um treinador. pings falou da formação do quinteto e a busca por um treinador.
"Eu já vinha falando com o Tatazin por algum tempo, esperando a melhor oportunidade para entrarmos no horário. Ele me trouxe alguns nomes, analisamos juntos, peguei a opinião de alguns amigos que entendem mais do que eu do jogo e fechamos a line mais forte possível."
"Não temos (treinador) ainda, mas está nos planos. Nosso orçamento é bem apertado e estamos buscando patrocinadores para ajudar a expandir o projeto", seguiu.
Gerenciamento do Vasco eSports
pings é o responsável por gerenciar a divisão de esportes eletrônicos do Vasco, por ser o CEO da PINGS Gaming. Ele conta que seu contato com o clube vem aumentando a cada ano, principalmente com o novo diretor de marketing do Vasco, Gui Neto, que "é uma pessoa que conhece dos esports e vem ajudando bastante na expansão".
"Tentamos aproveitar oportunidades e, ao mesmo tempo, dar o que a torcida pede. Sempre lemos as críticas e, muitas delas, colocamos em prática, como o CS2. É um projeto deficitário, como grande maioria dos times de esports do cenário. Por isso, contamos com o apoio da torcida e estamos sempre buscando parceiros, patrocinadores e investidores para um dia sermos o maior e melhor time de esports do Brasil", falou pings.
Rival estadual do Vasco no futebol, o Flamengo recentemente deixou o Counter-Strike por optar se afastar de jogos de tiro. pings falou se houve a conversa sobre esse tema com o Vasco, clube que também está no Free Fire e passou pelo Rainbow Six.
"Não houve esse alinhamento. Tentamos aproveitar as melhores oportunidades dentro dos esports. Infelizmente, ficamos de fora da liga do Rainbow Six por conta da Ubisoft, porém no Free Fire temos vaga e também é um jogo que a torcida gosta muito. Sobre o Flamengo, a gente já tinha fechado com os jogadores antes do anúncio da saída e foi uma péssima notícia para nós pois gostaríamos de levar a rivalidade para o CS2", finalizou.