khizha em entrevista à Dust2 Brasil

khizha mostra confiança para o próximo mundial: "Vamos à final"

Capitã do MIBR disse que o objetivo foi cumprido em Valência, mas almeja voos maiores para o próximo torneio

O MIBR deixou a ESL Impact Valencia na semifinal neste domingo, mas a capitã Julieta "khizha" Grillia já está pensando no próximo mundial. Em entrevista à Dust2 Brasil, a jogadora mostrou confiança e disse que o time vai chegar à decisão.

"Foi a primeira LAN da Arkynha, da LyttleZ e da hera, além de ser o primeiro mundial de todo mundo. Claro que quando se chega aqui tem um pouco de nervosismo, mas o time trabalhou isso muito bem com a psicóloga e foi uma experiência muito boa para todas. Na próxima vez creio que teremos mais confiança, porque na primeira sempre tem uma tensão, mas acho que todo mundo junto conseguiu ir bem".

"Falamos sempre que ‘vai ficar tudo bem, fica tranquila. Estamos aqui uma para a outra’ e foi isso que aconteceu. Todo mundo junto. Queríamos muito chegar na final, mas isso vai acontecer em novembro no próximo internacional", continuou khizha.

A eliminação na semifinal diante da Nigma Galaxy, atual campeã mundial, deixa o MIBR mais animado para a próxima oportunidade internacional do que frustrado, já que ir aos playoffs era o objetivo inicial do time para Valência.

khizha acredita que tendo tempo para treinar e para absorver as experiências do primeiro mundial, a lineup tende a crescer bastante tanto no cenário nacional quanto internacional.

"Esse campeonato nos deu muita confiança, além da experiência. Vamos ter BGS, GC Masters pela frente e estamos voltando muito mais forte, temos muita coisa para trabalhar e assistir as demos dos jogos aqui vão fazer as meninas mais fortes para corrigirem esses detalhes. Foi uma experiência muito boa e vai ser final na próxima".

"A gente correu muito contra o tempo com a Josi, mas ela se encaixou muito bem no time e todo o time com ela. Em dois meses, termos feito isso aqui não existe, foi muito bom. E agora é voltar, vamos ter mais tempo para treinar e corrigir tudo para tentar ir à final e trazer o título. Temos tempo para trabalhar e iremos voltar mais fortes", declarou.

Erros aparentes

Alguns dos problemas que o MIBR precisa corrigir para mostrar um bom jogo nas próximas oportunidades apareceram na série contra a Nigma Galaxy. No primeiro mapa, as brasileiras começaram bem, mas perderam um round forçado e sofreram oito pontos em sequência.

"Esse round foi muito complicado. Sabíamos que tinha mais uma jogadora, mas não tivemos a comunicação exata para abrir todo mundo junto, abrimos uma por uma e a “mina” conseguiu matar três e a hera não conseguiu trazer o clutch. Depois desse round, a gente ficou um pouco afobadas e começamos a perder muitos rounds".

"Porém, algo que falamos ontem sobre quando estamos perdendo ou o placar está muito apertado, é ‘vamos virar isso aqui, pé no chão, está zero a zero’. É algo que o time entende que, quando falamos que está zero a zero, tem que voltar pro jogo logo e até conseguimos, mas foram muitos detalhes contra a Nigma nessa Dust", avaliou khizha.

Já na Vertigo, o MIBR sofreu em conseguir finalizar os rounds em que tinha vantagem. Por quatro rodadas seguias, as brasileiras perderam os pontos mesmo tendo três ou quatro jogadoras vivas contra somente uma da Nigma.

"Eu acho que não foi mérito, erramos muito nesses clutches da Nigma matando quatro, três. O problema da gente nesse mapa foi a comunicação, porque ela não estava sendo exata. Uma ia, depois outra ia e as meninas matavam quatro assim. Isso aconteceu em quatro rodadas seguidas".

"Isso pouco à pouco tirou a concentração do time porque acontecer uma vez é ok, mas duas, três, quatro, é complicado de levar. Mas o clima nunca esteve tenso, não houve brigas no meio do campeonato, tentamos até o final e não deu. São detalhes que teremos que trabalhar muito para consertar", finalizou.

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