Mãe de saffee, jogador da FURIA, no IEM Rio Major (Foto: Gabriel Melo/Dust2 Brasil)

Jogadores brasileiros recebem apoio das mães no Major do Rio

Dust2 Brasil conversou com as mães de saffee, boltz e coldzera, presentes no Riocentro

Em meio ao público presente no pavilhão 6 do Riocentro, alguns torcedores vibravam um pouco mais com as jogadas das equipes brasileiras durante o IEM Rio Major 2022. E o motivo é especial: ligação com aqueles que estavam no palco competindo. Tratam-se de mães e pais de jogadores de 00Nation, FURIA e Imperial.

A Dust2 Brasil conversou com mães de três jogadores brasileiros nos dois primeiros dias de mundial a fim de saber delas como estava sendo acompanhar os filhos no Major, o sentimento de verem sendo idolatrados e como entenderam o caminho escolhido por eles de seguirem carreira nos esports.

Uma das mais conhecidas do público, e que até chegou a puxar parabéns para Marcelo "coldzera" David, é Elisa Maria Delfino, que afirmou que "é uma sensação muito linda estarmos aqui torcendo para os brasileiros no geral".

A mãe de Ricardo "boltz" Prass, Vânia Prass, revelou que "sempre foi um sonho assistir ele jogar um Major e a chance aqui no Brasil facilita bastante. Se fosse lá fora não seria tão emocionante porque não teria o calor da torcida que a gente tem aqui".

Para Claudia Costa, mãe de Rafael "saffee" Costa, é uma "emoção muito grande poder acompanhar o jogador da FURIA: "É surreal, não dá para explicar o que a gente sente aqui nesse momento. Estou muito feliz de ver ele naquele palco junto dos companheiros de time".

Durante as partidas das equipes brasileiras, em vários momentos, a torcida entoou o nome dos jogadores e, para a mãe de coldzera, "não tem nem como explicar" ver o filho idolatrado pelo público.

"A gente fica emocionada desde quando começou a trajetória dele. Para nós é emocionante, às vezes parece um filme. Igual hoje, eu cheguei no aeroporto e estava um painel com eles. Não parece ser verdade porque, pra mim, ele é só o meu filho e, para a torcida, ele é um ídolo", afirmou a mãe de boltz.

Já a mãe de saffee revelou que jamais imaginou "passar por esse momento e é emocionante você ver todo mundo ali com ele, ele dando atenção um por um, abraçando, tirando foto e dando autografo. Para mim, ele é o meu Rafael e para a torcida, os fãs dele, é o jogador saffee. Esse momento, de vê-lo com a torcida, abraçando, passando carinho é muito bonito de ver".

Aceitando a carreira do filho

Jogador profissional de CS:GO e outras modalidades é uma profissão que vem ganhando espaço na nova geração e, grande parte dos atletas, já revelou a dificuldade que tiveram em explicar para os pais o caminho que decidiram seguir.

Segundo a mãe de coldzera, "no começo foi muito esquisito porque a gente não sabia.Aí, quando ele começou a mostrar e começamos a acompanhar, com ele mostrando que não tinha na a ver com o que todo mundo fala de ser algo extremo, perigoso. É um jogo de computador, algo que só traz alegria".

A mãe de boltz revelou que, inicialmente, "não conhecia a nível profissional. Eu não tinha ideia da dimensão que era, tanto que, na primeira vez que ele foi jogar fora do país, ele disse que ia jogar o campeonato e voltar para casa. O time acabou indo bem e foram convidados para outro, e ele disse que era só mais aquele. Pra mim, ele voltaria para casa. Eu não tinha ideia, mas sempre apoiamos e, como ele era novo, não tinha começado a faculdade".

Parecido aconteceu com a mãe de saffee: "No CS 1.6, quando ele começou adolescente, não entendíamos muito e as vezes questionávamos porque o sonho de todos os pais é ver o filho formado, com uma faculdade, para ter um futuro. Ele foi fazer outras coisas, fez faculdade, estudar fora do Brasil e, do nada, ele retornou com o CS, e agora temos que apoiar e ficarmos felizes com a trajetória que ele dá".

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