Olga, destaque da FURIA em 2022, na ESL Impact Valencia

Retrospectiva: relembre o ano do cenário feminino

Brasil teve três representantes em mundiais

2022 foi um ano que representou o reerguimento do cenário feminino de CS:GO. Depois de perder muitas jogadoras para o Valorant, o cenário tanto nacional quanto internacional reaqueceu com o anúncio de um circuito mundial da ESL.

Em mais um texto da retrospectiva das principais equipes brasileiras, a Dust2 Brasil agora relembra o ano do cenário feminino, que teve um domínio da FURIA nacionalmente, mas tem alerta vermelho ligado para o próximo ano, além de bater na trave em mundiais.

Domínio furioso

Em 2021, o último grande campeonato foi a GC Masters Feminina IV, que aconteceu online e coroou a FURIA. O ano seguinte começou de maneira remota, com as disputas das Cash Cups, porém em março começou o grande compromisso das jogadoras: a ESL Impact League S1 sul-americana.

Com quase dois meses de disputa, a competição online contou com oito times e somente os dois melhores iriam para a ESL Impact League S1 Finals, que foi o primeiro mundial do novo circuito da ESL. FURIA e Black Dragons conquistaram as vagas e foram para Dallas. Lá, a FURIA animou a torcida e ficou a um mapa do título, porém sofreu a virada e perdeu a final para a Nigma Galaxy - que viria ser uma pedra no sapato.

Menos de um mês depois, duas equipes brasileiras estavam em um torneio internacional feminino novamente. Desta vez, MIBR e FURIA representaram o país na ESL Challenger Valencia. O MIBR chegou à semifinal, mas caiu para a Nigma. Na final, novamente, FURIA e Nigma. Pela segunda vez, as russas saíram com o título.

Enquanto Karina "kaah" Takahashi e companhia não conseguiam dar um passo maior e sair com o título no mundial, os troféus apareciam no Brasil. A equipe faturou o título da Aorus League 1, Ela Faz o Game, além da quinta edição da GC Masters Feminina e da BGS Esports 2022 - os últimos dois disputados em LAN.

Quebra da hegemonia

A FURIA teria outra oportunidade de vencer um presencial este ano, quando se classificou para a decisão da MEG. No entanto, por conflito de datas, a equipe abriu mão do torneio. Assim a B4, formada pela lineup antiga da Black Dragons, enfrentou a própria BD na final. Com a novata Nadjila "poppins" Sanchez, a B4 conquistou o título.

Em torneio fora do circuito da ESL, foi vez da Black Dragons, da experiente Camila "cAmyy" Natale, vencer um campeonato em LAN e conquistar a vaga para um internacional. A BD bateu o MIBR na decisão da GIRLGAMER Esports Festival e carimbou o passaporte para o mundial. Ainda não foram divulgados detalhes sobre o internacional.

No mesmo final de semana da conquista da Black Dragons no Brasil, FURIA e B4 competiam na Suécia pelo terceiro e último internacional do ano, a ESL Impact League Finals S2. A B4 não conseguiu passar da fase de grupos, enquanto Olga "Olga" Rodrigues e companhia avançaram para a terceira final.

O resultado? O mesmo dos dois mundiais anteriores. A Nigma novamente esteve na frente das brasileiras e as russas foram superiores, fazendo com que a FURIA amargasse seu terceiro vice-campeonato em 2022.

Porém, a FURIA sofreu sua derrota mais dolorida em dezembro. Depois de atropelar a B4 na Upper Bracket Final, a equipe sofreu a vingança na final da GC Masters Feminina VI e ficou na segunda colocação do torneio, realizado online. O triunfo da B4 encerrou uma sequência de mais de 16 meses em que a FURIA não perdia uma md3 no cenário feminino.

Visando 2023, a FURIA decidiu realizar mudança na lineup. Como apurou a Dust2 Brasil, Mariana "mari" Preste não vai continuar no time. Convidada para a ESL Impact Katowice, a equipe não precisou disputar o qualify. Porém, para as outras equipes femininas, a seletiva foi o último compromisso do ano.

B4 e MIBR venceram as seletivas abertas e se classificaram para a partida classificatória. No jogo decisivo, a B4 venceu por 2 a 0 e conquistou a vaga no primeiro mundial feminino, que vai acontecer entre os dias 10 e 13 de fevereiro na Polônia.

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