frozen elogia estilo da FaZe: "Sinto que posso fazer o que quiser"

Se transferir para um dos melhores times e uma das maiores organizações do mundo parece ser uma decisão fácil, mas David "frozen" Čerňanský garante que a dele não foi. Quando decidiu trocar a MOUZ, sua casa por mais de quatro anos, pela FaZe, o jogador levou muitas coisas em consideração.

"(A mudança) foi muito única. Eu nunca troquei de time antes, então não foi fácil. A MOUZ é uma grande equipe, e eu sabia que mesmo se eu saísse eles iam continuar bem. Eu acho que, no fim, foi mais sobre eu procurando por algo novo, novos desafios, aprendendo mais coisas. Eu olho de um jeito que foi uma coisa importante para mim", explicou o jogador em entrevista à Dust2 Brasil durante o media day da IEM Katowice.

Frozen, porém, já se vê adaptado ao estilo do time e gosta da liberdade que tem sob o comando de Finn "karrigan" Andersen.

"A qualquer momento sinto que posso fazer o que quiser, porque tem pessoas que podem trazer o round de volta mesmo quando eu morrer. É uma camada extra de confiança e ao meu jogo, porque eu posso fazer mais, posso fazer o que quiser. Sinto que tenho muita liberdade, o Finn (karrigan) confia em mim, eu confio nele", afirmou.

frozen falou sobre a expectativa para os playoffs da IEM Katowice, o impacto de seu jogo individual e muito mais. Confira a entrevista completa:

Quão confiante está o time para jogar na Spodek?

Vai ser minha primeira vez na Spodek, então quero aproveitar. O primeiro adversário vai ser a G2 e eu espero uma grande partida, acho que ambos os times são testados num ambiente lotado. Todo jogo daqui em diante vai ser difícil, não tem jogo fácil, e se você quer ir adiante, quer vencer o campeonato, você tem que vencer todo mundo. Você sabe, é viver o momento quando as quartas começarem e fazer melhor do que fizemos na fase de grupos.

Na fase de grupos vocês perderam mapas para Eternal Fire, GamerLegion, Spirit. É algo que preocupa vocês?

Se você olhar os resultados, parece meio inconstante. Mas acho que a Eternal Fire só tem esse campeonato e o RMR, eles vem quentes, querem mostrar que merecem estar aqui. Foi um jogo difícil e dificultamos ainda mais, perdemos não sei quantos rounds forçados, o que não ajuda. Eu estou feliz que fechamos o jogo aquele dia. Foi um "tapa de humildade", para continuarmos humildes e trabalhando duro.

Você vem jogando com a FaZe por cerca de três meses. Como você se sente jogando mais uma vez com o karrigan e com jogadores muito experientes?

É diferente. Adiciona muita confiança ao seu jogo. A qualquer momento sinto que posso fazer o que quiser, porque tem pessoas que podem trazer o round de volta mesmo quando eu morrer. É uma camada extra de confiança e ao meu jogo, porque eu posso fazer mais, posso fazer o que quiser. Sinto que tenho muita liberdade, o Finn (karrigan) confia em mim, eu confio nele. Não quero dizer que tenho uma grande voz no que estamos fazendo, mas eu controlo o que eu quero fazer na maior parte do tempo.

Se você tem todo esse espaço, como administra isso para não jogar um "CS burro", tomando decisões erradas só porque você pode tomá-las?

Às vezes você toma decisões burras, às vezes boas, é assim que o jogo é há muito tempo. Às vezes as pessoas não esperam as coisas idiotas, esperam as inteligentes, e acho que é um balanço entre o que você faz, o que está sentindo no momento, e onde está sua cabeça. No final, é só estar vivendo o momento e seguindo o flow.

Você, individualmente falando, teve um ano muito bom ano passado, com top 12 na HLTV, sua melhor colocação na lista até agora. Você pode continuar indo bem individualmente no sistema da FaZe?

Primeiro, eu quero ir bem como um time. Se eu ficar mais alto ou baixo no ano passado (não importa). Claro que quero estar no alto, mas o mais importante são as conquistas do time. Seria legal estar lá mais uma vez, mas o principal foco agora é ter certeza que estamos indo bem como um time. Quero ir bem individualmente, mas o foco está no time.

Como foi para você tomar a decisão de deixar a MOUZ e ir para a FaZe?

A mudança da MOUZ para a FaZe foi muito única. Eu nunca troquei de time antes, então não foi fácil. A MOUZ é um grande time, e eu sabia que mesmo se eu saísse eles iam continuar bem. Eu acho que, no fim, foi mais sobre eu procurando por algo novo, novos desafios, aprendendo mais coisas. Eu olho de um jeito que foi uma coisa importante para mim.

E você teve medo do que poderia acontecer? Havia muitas conversas sobre a FaZe vendendo o time.

Eu não acho que teve alguma preocupação em momento algum. Eu sabia no que estava entrando. Não teve preocupação.

E como você se sente em relação a isso agora? Três meses depois, é a melhor decisão que você poderia ter tomado?

Até agora tem valido a pena. Nós veremos daqui uns meses, mas eu sinto que estou crescendo novamente como um jogador, que era algo que eu queria.