
Magisk explica volta para Astralis e comenta saída da Falcons
Emil "Magisk" Reif está de volta à Astralis depois de quatro anos e vai fazer sua estreia na segunda passagem pela organização nesta sexta-feira. Em entrevista à Dust2 Brasil Magisk explicou o motivo da sua volta para a Astralis, e também falou sobre a saída da Falcons, afirmando que poderia jogar melhor do que René "TeSeS" Madsen em suas posições.
"Vejo isso como uma oportunidade muito boa para eu poder ficar afiado, e também para continuar competindo no nível mais alto possível. Claro que foi muito triste por causa do stavn, mas para mim ainda é uma boa oportunidade para continuar jogando nessa temporada e para chegar no nível que eu sei que posso estar. Estar nesses grandes campeonatos é o melhor tipo de treino para que eu possa me desenvolver e também ver novos pontos de vistas de outros jogadores", disse Magisk.
"Foi uma oportunidade perfeita para mim, já que eu queria continuar em forma e também melhorar como jogador. Acho que pode ser saudável ir para novos ambientes onde você precisa melhorar e também se empurrar para áreas que talvez não esteja tão confortável. Esse foi o motivo para fazer isso. Se eu quisesse só ficar de férias teria sido mais fácil ficar na Falcons. Para mim é importante continuar na ativa e mostrar para todos que eu amo o CS", complementou.
Essa é a segunda passagem de Magisk pela Astralis. O jogador representou a equipe de 2018 até 2021, e venceu três Majors com a Equipe. O jogador disse que ainda é cedo para dizer se essa sua nova equipe também terá o mesmo sucesso, mas que acreita que o time pode atingir grandes resultados.
"É difícil dizer o quão bons podemos ser, ainda está muito cedo para falar isso agora. Mas, vamos estar competindo juntos pelo restante da temporada e acho que só estamos focados em tentar tirar o melhor dessa situação que estamos. Também estamos jogando muito CS como um time, mas definitivamente acredito que podemos ter bons resultados, mas isso vem com o trabalho duro e precisamos ficar na mesma página muito rápido."
Magisk fará sua nova estreia pela Astralis nesta sexta-feira contra a Aurora pelo FISSURE Playground 2. O jogador revelou que queria ter tido mais tempo de treino com a nova equipe, mas que está animado para jogar uma LAN.
"Eu gostaria de ter tido um pouco mais de tempo para treinar, mas além disso acho que temos uma boa química no time. Todos estão motivados no sentido de querermos tirar o melhor disso e jogar o melhor CS que podemos, porque sabemos que podemos jogar um bom CS. Talvez não tenhamos todos os detalhes planejados igual os outros times, mas pelo menos vamos ter a comunicação em dinamarquês que também ajuda a passar calls rápidas e para termos reações mais rápidas. Estou muito animado para começar, acho que vai ser divertido. Tem bastante tempo que não jogo em uma LAN, então para mim só é importante que nós tenhamos um sorriso no rosto e damos nosso melhor."
Desde que deixou a Astralis em 2021 Magisk atuou pela Vitality e Falcons, comunicando em inglês em ambos os times internacionais. O dinamarquês contou que prefere comunicar na sua língua, e que isso ajuda durante o jogo.
"Acho que todos iriam preferir poder falar sua própria língua, mas é muito difícil achar os jogadores certos para os times com posições e etc. A diferença é que falando na sua própria língua é mais rápido, cria reações mais rápidas, também tem um entendimento melhor do que está acontecendo no round. Mas acredito que times internacionais precisam se adaptar e também deixar algumas coisas já planejadas, porque a comunicação pode não ser tão boa e então você precisa garantir que tem muitos planos para vários tipos de cenários."
"Acho que essa é uma grande diferença, agora estamos falando em dinamarquês e podemos meio que conversar para sair de certas situações, mas às vezes é melhor ter reações já planejadas para todos saberem exatamente o que está acontecendo em diferentes cenários. Acredito que podemos aprender um pouco disso, mesmo tendo comunicação em dinamarquês. Mas, eu acho melhor falar em dinamarquês por ser mais fácil", complementou.
A Astralis é a organização que mais venceu Majors, com quatro mundiais, mas o time acabou ficando fora das últimas cinco edições. Magisk afirmou que não aumenta a pressão pela classificação.
"Não sinto pressão nesse sentido, também acho que nossas chances de classificação estão bem altas. Claro que talvez fique um pouco ali no fundo da mente, mas não acho que é algo que está colocando mais pressão nos jogos nem nada assim. Agora estamos focados em melhorar como um time e também acho que esse é o melhor jeito de olhar, porque agora estamos nesse período de aprendizagem e para nos conhecermos e ver como eles jogam e como eu gosto de jogar. Acho que se focarmos no processo de melhorar como um time isso vai significar que temos uma grande chance de classificar para o Major. Acho que o mais importante é a mentalidade agora, e ter certeza que ficamos focados na coisa certa e não acho que precisamos colocar pressão sobre o Major porque estatisticamente a chance de não classificarmos é muito pequena."
Antes de ir para Astralis, Magisk estava no banco de reservas da Falcons. O dinamarquês foi movido para o banco para abrir espaço para chegada de Maxim "kyousuke" Lukin. Magisk falou sobre sua saída, e disse que concordou com a decisão do time.
"Claro que sempre é melhor não ser quem é cortado do time. Acho que o kyousuke é obviamente um talento, não há dúvidas sobre isso. Não vejo muito como ele me substituindo, mas sim eles decidindo manter o TeSeS em vez de mim. Era ele ou eu. Eu me conheço, sei do que sou capaz e sei o que eu represento, e sei que jogaria essas posições melhor do que ele. Esse é o jeito que eu vejo e eles viram de forma diferente, e isso é justo. Não tenho nenhum sentimento ruim sobre nenhum deles, acho que são caras bacanas, gostei muito de jogar com eles, acho que são um time muito forte."
"Esse é o jeito que as coisas acontecem às vezes, eles acham que outra coisa seria melhor e eu tenho uma opinião diferente, e às vezes as coisas acontecem assim. Não tem motivo para pensar mais sobre isso, faz parte de ser um profissional, às vezes as pessoas acham que outra coisa é melhor e esse é o jeito que é. Faço parte disso há dez anos e não tenho nenhum rancor nesse sentido, só foco em mim mesmo e claro que também sei que eu poderia ter jogado melhor na questão do meu individual. Gosto de olhar de uma forma em que eu poderia ter feito uma diferença para proteger minha vaga. Agora quero focar em mim mesmo e garantir que vou melhorar e ser uma versão melhor de mim. Acho que esse é o jeito mais saudável de olhar para isso, não tenho rancor, só quero focar em mim e melhorar como jogador", finalizou.
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