WOOD7, do Fluxo, em entrevista à Dust2 Brasil

WOOD7 sobre estrelas do Fluxo: "Cabe a mim gerir eles da melhor forma"

Direto do Red Bull Flick, capitão falou sobre liderar o time e a BLAST Premier Fall Final

Falar do dinheiro gasto pelo Fluxo para montar um time repleto de estrelas já saiu de moda há algum tempo. O investimento de R$ 2,5 milhões para contar com o quinteto que joga a BLAST Premier Fall Final nesta semana é um assunto batido, mas como tem sido administrar esses jogadores? Adriano "WOOD7" Cerato tem a resposta.

"O nosso maior desafio nesse momento é fazer todos os jogadores pensarem igual e acho que estamos fazendo isso muito bem devido a todas as características de jogador que temos. O espaço de cada um foi encontrado", afirmou WOOD7 em entrevista à Dust2 Brasil direto do Red Bull Flick*, em Copenhague, na Dinamarca.

"Os quatro jogadores estão encaixados e agora cabe a mim gerir eles da melhor forma possível", cravou o capitão do Fluxo.

E esses desafios podem ficar ainda mais difíceis nos próximos meses, quando o Fluxo, de acordo com WOOD7, precisará passar mais tempo na Europa para melhorar o nível de jogo.

"É fazer bootcamp, 1-2 meses, tentar pegar vaga na IEM Katowice, ir bem nessa BLAST para subir os pontos e começar em final de março, abril, o RMR com uma pontuação boa e jogando vários campeonatos aqui na Europa. E aí, após o RMR, talvez a gente consiga botar uma base europeia igual a FURIA tem e ficar treinando aqui", disse.

Essa distância do Brasil, porém, é sempre um desafio, seja em questão de estrutura ou de questões particulares dos jogadores. WOOD7 garante que os jogadores estão prontos para viver meses distantes do país.

"Quando vamos para bootcamp, o Fluxo dá todo o suporte para desempenharmos. Tem a família que acompanha muitos jogadores, jogadores que têm a necessidade de ter a família do lado, e isso sempre foi liberado", contou.

"Então, acho que, mentalmente falando, todos os jogadores estão preparados para isso. O Fluxo também tem o dinheiro, a estrutura, para dar o bootcamp. Cabe a nós planejarmos e fazermos uma logística adequada para explorarmos esses treinos", disse.

Red Bull Flick

WOOD7 e Lucas "lux" Meghetti chegaram mais cedo a Copenhague para disputar o Red Bull Flick, mundial de 2 contra 2. Classificados pela seletiva brasileira, os dois jogadores não tiveram um grande desempenho e, com 2 vitórias e 3 derrotas, não avançaram à fase de grupos. WOOD7 se disse surpreendido com o nível dos adversários.

"Nos preparamos bastante no Brasil. Ficamos jogando contra os finalistas da edição nacional e eu senti que íamos entrar muito bem nesse campeonato. Quando entramos no servidor contra eles, vi que estão em um nível bem legal de jogo. Se prepararam bastante, tinham umas 'ratarias' que não tínhamos, mas no fim nós nos divertimos muito. Deu para aproveitar o momento", relatou.

Batendo de frente

O grande compromisso da viagem, porém, é a BLAST Premier Fall Final. No Grupo B ao lado de gigantes como G2, Liquid e NAVI - adversária da estreia -, o Fluxo quer fazer bonito.

"Acredito que na BLAST chegamos com chances de vencer qualquer um dos adversários. Temos times e nos preparamos para isso. Mas também respeitamos o nível dos europeus. Vimos no Major a diferença que eles colocaram para o nosso cenário e nós queremos buscar essa diferença nesse campeonato. Jogo a jogo, queremos tirar um resultado e, quem sabe, conseguir a vaga (nos playoffs) ou até o próprio título", afirmou WOOD7.

"Estamos em uma crescente. Aproveitamos o Major para treinar bastante. Fizemos meio que um mini bootcamp no Brasil. Conseguimos treinar com todos os times que estavam lá e colocamos um nível de jogo muito bom em campeonatos, então estamos com confiança, com vontade. Acho que o momento é de descansar mesmo e saber que na hora do jogo na BLAST já estaremos preparados. Não tem nada especial para fazermos agora", completou o jogador.

WOOD7, do Fluxo, na disputa do Red Bull Flick em Copenhague, na Dinamarca

WOOD7 acredita que todos os adversários são perigosos e, mesmo que Liquid e NAVI não tenham feito grandes campanhas no Major e a G2 não tenha nem se classificado, ninguém deve ser subestimado.

"Os três jogos são perigosos. A G2 não se classificou para o Major e esse campeonato é para eles se redimirem. NAVI perdeu para a FURIA e eles também vêm para esse campeonato para se redimir, e a Liquid decepcionou. Então, são três adversários duros e eu acho que o momentos deles nesse campeonato vai ser um momento forte. Todos vão vir bem e temos que estar ligados", disse.

Por outro lado, WOOD7 acredita que há uma pequena pressão no Fluxo para que o desempenho contra os gigantes seja satisfatório.

"Os times brasileiros não foram tão bem no Major, tirando a FURIA, e agora acho que ganhamos uma pressão, uma expectativa extra, porque todo mundo quer ver se ‘os times que estiveram no Major não ganharam, será que o Fluxo ganha?’. Então, acho que chegamos, sim, com um pouco de pressão", afirmou.

"Também precisamos manter os bons resultados e temos grandes jogadores no nosso elenco, todos nós gostamos de jogos grandes. A pressão não vai nos atrapalhar, vai ser bom até. Se chegássemos sem pressão, ia ser mais um campeonato e acho que não é o que tira o melhor do nosso time", finalizou.

*A Dust2 Brasil viajou a convite da Red Bull

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