
Tacitus explica por que Fluxo sai invicto da estreia do Major
Nem mesmo o mais otimista torcedor do Fluxo esperava esta segunda-feira. A equipe venceu seus dois primeiros confrontos no Stage 1 do StarLadder Budapest Major e está a uma vitória de contrariar as previsões e passar para a segunda fase do mundial. Para Marcos "Tacitus" Castilho, o resultado é natural.
"É mais um campeonato, estamos fazendo as mesmas coisas e o grande diferencial é que, para esse campeonato, estamos mais confiantes e confortáveis", disse Tacitus em entrevista à Dust2 Brasil.
"O semestre está chegando ao fim, então, naturalmente, é o semestre em que tivemos mais tempo como time e estamos numa crescente, e é natural que melhoremos campeonato a campeonato", completou.
De acordo com o treinador, as vitórias contra GamerLegion e FNATIC vieram de um grande esforço, que vai dos jogadores até a comissão técnica.
"Acho que entra tudo. O individual dos jogadores estar em dia, um Lucaozy comunicativo como segundo IGL, um arT num dia inspirado nas calls, um decenty bem individualmente, zevy e kye somando a todo momento, uma preparação bem feita minha e do BobZ, meu analista", explicou.
"Quando tudo isso encaixa nós construímos o resultado. E, geralmente, quando perdemos, também não tem uma coisa só, são várias que dão errado", continuou.
"Hoje conseguimos encontrar o balanço de tudo, o formato atual do Major oferece a possibilidade de que, se você tem um dia bom, você está na cara do gol. Estamos na cara do gol, e agora cabe a nós chegar amanhã e replicar o que deu certo hoje", completou.
Para Tacitus, o time tem que tratar a partida como a primeira de três chances para se classificar para tentar minimizar o nervosismo.
"É pensar que está tudo bem, nosso objetivo agora é o Stage 2, mas nada mudou. A única coisa que na verdade aconteceu é que fizemos um bom trabalho no primeiro dia e agora temos três chances de passar para o Stage 2. Na teoria, amanhã temos a chance de menor pressão", disse.
"É a primeira, depois dela tem mais duas e espero que não precisemos utilizá-las. É jogar amanhã com confiança, sem peso nenhum na consciência e deixar tudo no servidor", completou.
O adversário será a FlyQuest, que alcançou o jogo classificatório após vitórias contra as brasileiras Legacy e Imperial. Tacitus já conhece os australianos, que bateram o Fluxo no último mundial.
"É um time muito tático, que perdemos na estreia em Austin na md1 na Ancient. Acho que faremos nossa preparação, não pensaremos muito nos caras e vamos priorizar bastante o nosso jogo, fazer bem aquilo em que acreditamos, que nos traz conforto dentro do servidor e, de verdade, são caras que conhecemos por já termos jogado contra", afirmou.
"São bem táticos, com CS bem correto, e são um time difícil, apesar de não ser da Europa e não ser um dos grandes, badalados, é um dos times mais difíceis do Stage 1 que a galera subestima bastante. Tenho certeza de que vai ser um jogo muito pegado, não vai ser fácil, mas espero que saiamos por cima deles", completou.
Confiança
A grande manchete do Fluxo antes do Major, além do título no Circuit X Retake SP, foi a falta de um bootcamp do time, que foi encarada como uma "jogada de toalha". Tacitus deu mais contexto à decisão.
"É fácil chegar aqui depois de 2-0 e falar que ficar no Brasil é o meta, deu tudo certo, mas o resultado poderia ter sido diferente, é natural da competição. A grande realidade é que a decisão de ficarmos no Brasil conciliou com a saída do decenty, mas foi também baseada no último Major, na última experiência que tivemos, de não fazer bootcamps na Europa ao longo da temporada e fazer um exclusivamente para o Major", explicou.
"Como sentimos que não estávamos construindo volume contra europeus, poderia ser mais negativo do que positivo quebrar nossa confiança e rachar nosso map pool. Preferimos ficar no Brasil, jogar contra os times que estávamos acostumados e confiar naquilo que estávamos propondo no nosso jogo e vir para cá executar isso", finalizou.
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