
saadzin sobre favoritismo da Legacy: "Eu não soube lidar bem com a pressão"
A Legacy não conseguiu cumprir as expectativas no StarLadder Budapest Major. Melhor ranqueada da primeira fase do mundial, a equipe terminou eliminada. Guilherme "saadzin" Pacheco disse que o time e, principalmente, ele não lidaram bem com a pressão.
"É muito complicado dar uma resposta exata (do que faltou). São muitas coisas, muitos detalhes, mas eu ainda acredito que o principal é a questão da pressão. Muita gente usa o Major passado como exemplo, que éramos underdogs e mandamos muito bem, conseguimos lidar bem com essa pressão", disse saadzin em entrevista à Dust2 Brasil.
"Dessa vez, como favoritos, eu, principalmente, não soube lidar bem com a pressão, essa dificuldade dentro do jogo. No primeiro jogo, contra a FlyQuest, mandei muito mal em algumas situações, e no jogo contra a B8 também. Não adianta eu ficar aqui só chorando, tenho que aprender, pegar experiência, melhorar e voltar melhor no próximo ano", completou.
Para o awper, lidar com esse sentimento faz parte da curva de crescimento da equipe.
"Todo time sente pressão, a diferença é como o time lida. Mas estamos numa crescente. Dói para caralho, é ruim para caramba sair no 2-3, mas, querendo ou não, estamos numa crescente enorme", afirmou.
"Nós viemos de duas finais, no Major foi um pouco mais difícil, mas é pela questão que falei. É o Major, é um campeonato diferente, o mais importante, e a pressão aumenta. Somos muito novos, acredito que, no próximo ano, viremos muito melhores e mais preparados. Agora é descansar e voltar melhor para o próximo ano", continuou.
Segundo saadzin, mesmo ciente do favoritismo, o time já sabia que não teria vida fácil - e, a série decisiva contra a PARIVISION -, não foi diferente.
"Acredito que muita gente nos colocou no 3-0 nesse primeiro stage, ou no 3-1 e 3-2. Nós tínhamos em mente que éramos favoritos e teríamos essa pressão, mas algo que tínhamos conversado no backstage é que, por ser Major, sabíamos que seria difícil. É sempre difícil, com todos querendo ganhar e jogando o máximo que podem. Hoje foi um pouco difícil, começamos desligados no primeiro mapa e os caras mandaram bem", disse.
"Tivemos uma resiliência boa, conseguimos ganhar nosso mapa, na Dust2 eu mandei bem, muita gente ficou feliz na primeira parte, mas sinto que desliguei no final da partida, e é muito pela experiência. Ainda tenho muito para crescer e evoluir. É complicado, é foda", completou.
O jogador, porém, garante que o time não vai deixar a frustração do Major contaminar.
"A peteca não vai cair, é óbvio que não. Estamos decepcionados, mas, se colocarmos tudo na balança, nós temos de estar orgulhosos. O momento agora é horrível, é difícil, mas temos que estar orgulhosos porque estamos evoluindo como time. O que todo time busca é vir numa crescente e, consequentemente, as coisas vão acontecer e a engrenagem vai encaixar. Infelizmente, no Major, faltou experiência para fechar o jogo, mas, se colocarmos tudo na balança, estamos numa crescente boa e acredito muito em nós para virmos para virar time tier S", disse.
"Por mais que eu esteja triste com a saída, estou orgulhoso de mim, estou evoluindo, e não sou só eu falando, ouço isso do time inteiro. É o primeiro ano em que finalmente conseguimos ter mais campeonatos para jogar, antes jogávamos campeonatos de níveis menores, então estar jogando em campeonatos maiores e estar crescendo me deixa orgulhoso e feliz. É algo besta de se pensar, mas o nosso psicólogo até fala: “Lembra de vocês há três anos atrás”. É algo que pode parecer besta, mas faz toda a diferença. Se eu falar para o saadzin de três anos atrás que ele pegou duas finais, está melhorando, foi um dos melhores jogadores em Bucareste…", finalizou.
Leia também
























