Jogadores da FURIA erguem a taça da BLAST Rivals

Veja 10 fatos que marcaram o CS em 2025

Ano teve retorno do Brasil ao topo, grandes transferências, recordes e mais

O ano de 2025 vai chegando ao fim e o fã de Counter-Strike não tem motivos para reclamar. A temporada, marcada por uma série de mudanças no ecossistema competitivo, reservou grandes momentos.

Por isso, a Dust2 Brasil separou 10 fatos que marcaram a temporada no Brasil e no mundo.

De cara nova

O ano começou com uma revolução no modo em que o cenário é visto. O Valve Regional Standings (VRS), que antes tinha um papel mais discreto, virou o fator mais importante dos esports de Counter-Strike essa temporada.

Depois do lançamento de regras mais restritas e padronizadas para a organização de torneios no ano passado, foi o ranking da Valve que guiou convites para todos os eventos do ano, dos menores até os maiores, e gerou horas e horas de discussões, estudos e intermináveis polêmicas.

Crescendo

Em meio às inúmeras adaptações, o Major não ficou intacto. O mundial cresceu este ano, pulando de 24 para 32 times e mudando de método de classificação. Primeiro, o RMR deu lugar ao MRQ. Depois, qualquer tipo de seletiva foi abolida e os mundiais, de agora em diante, são jogados apenas por convidados.

Outra novidade é a final em melhor de cinco - que se tornou padrão de grandes eventos com a introdução do MR12. De Budapeste em diante, ela também virou norma para os Majors.

Um ano furioso

Por estes lados foi a FURIA, é claro, quem brilhou. No Counter-Strike desde 2017, a organização teve a sua melhor temporada da história, conquistando quatro títulos internacionais e chegando ao topo do ranking da HLTV e da Valve.

A virada começou em abril, quando a organização decidiu internacionalizar o time pela primeira vez na história e Gabriel "FalleN" Toledo abriu mão da AWP pela primeira vez em 20 anos. Os movimentos que pareciam ousados deram certo, o desconhecido Danil "molodoy" Golubenko e o desacreditado Mareks "YEINDAR" Gaļinskis colocaram o time nos trilhos.

molodoy, da FURIA, com a taça da IEM Chengdu

Ao fim da temporada, a FURIA levantou as taças de FISSURE Playground 2, Thunderpick World Championship, IEM Chengdu e BLAST Rivals. O time fecha o ano como o primeiro colocado no Valve Regional Standings (VRS) e o segundo no ranking mundial da HLTV.

Era da Vitality

Mais do que a FURIA só brilhou a Vitality, que teve um ano dos mais dominantes da história do Counter-Strike, mesmo que menos badalados do que outras eras.

Foram nove títulos internacionais "tier S" conquistados, dois vices e outras quatro semifinais - o time só não chegou no top 4 na primeira BLAST Bounty do ano.

Prateleira pesada

A quantidade de taças conquistadas pela Vitality ajudou dois de seus principais jogadores. O primeiro deles foi Dan "apEX" Madesclaire, que se tornou o jogador com mais títulos conquistados, com 35 troféus, superando os 32 de Peter "dupreeh" Rasmussen - que, inclusive, se aposentou esse ano.

Novo GOAT?

Se as conquistas coletivas impressionam em apEX, as individuais fazem o mesmo em Mathieu "ZywOo" Herbaut. Três vezes melhor do mundo, o francês chega como favorito para sua quarta conquista e teve uma temporada marcada pelos recordes.

ZywOo ultrapassou Oleksandr "s1mple" Kostilyev como o jogador com o maior número de MVPs na HLTV. Com as 8 medalhas conquistadas este ano, o awper da Vitality disparou na liderança do ranking com 28 contra 21 do ucraniano. Ele também superou Marcelo "coldzera" David em MVPs de Major, com 3 contra 2 do brasileiro e de Nicolai "dev1ce" Reedtz.

Velho GOAT de volta

O ano de 2025 também marcou o retorno definitivo de s1mple. Depois de alguns jogos como complete da Falcons na reta final de 2024, o melhor de todos os tempos retomou a carreira oficialmente neste ano.

s1mple no palco do StarLadder Budapest Major

Primeiro, s1mple foi complete da FaZe na IEM Dallas e no BLAST.tv Austin Major, sem muito impacto. Dois meses depois, o jogador assinou com a BC.GAME, que terminou o ano de maneira apagada, mas está em meio a uma reformulação para 2026.

Fim de uma era

Nem só de retornos o ano foi feito. A temporada também foi de despedidas e uma delas foi marcante. Håvard "rain" Nygaard deixou a FaZe depois de 9 anos vestindo a camisa da organização e várias conquistas.

rain ficou no banco por pouco tempo. Depois de um breve retorno para ajudar o time na Pro League em outubro, ele foi anunciado como reforço da 100 Thieves em novembro. No novo time, que ainda está em construção, ele será o capitão e terá Lukas "gla1ve" Rossander como treinador, além das possíveis chegadas de Alex "poiii" Sundgren e Nicolai "device" Reedtz.

Gráficos lá em cima

Em números, o ano do Counter-Strike também foi incrível. Em março, o jogo alcançou o maior pico de jogadores de sua história, com 1,818,368 milhão de jogadores online simultâneamente.

A premiação distribuída também foi recorde, com US$ 32,2 milhões (R$ 180 milhões) distribuídos em campeonatos. A audiência também cresceu, com o BLAST.tv Austin Major se tornando o campeonato de CS mais assistido da história com 76,1 milhões de horas assistidas e 1,7 milhão de espectadores simultâneos.

A casa maluca

Nem mesmo Alexandre "Gaules" Borba passou intacto pelas mudanças do cenário. Principal voz do Brasil no Counter-Strike, o streamer viu seu reinado ser contestado. Parceria entre a FURIA e o podcast Podpah, a MADHOUSE TV entrou de vez na briga pelos direitos de transmissão do Counter-Strike 2.

TACO, Gaules e mch na transmissão do StarLadder Budapest Major

Mesmo que tenham dividido direitos num primeiro momento com a Esports World Cup, as empresas concorreram pela possibilidade de transmitir campeonatos durante o segundo semestre, com a MADHOUSE TV ficando com a transmissão exclusiva de dois títulos da FURIA na FISSURE Playground 2 e o Thunderpick World Championship, Gaules transmitindo a taça no BLAST Rivals, e ambas mostrando a conquista da IEM Chengdu.

O auge aconteceu em outubro, quando Gaules e André Akkari trocaram farpas públicas sobre a disputa pelos direitos do StarLadder Budapest Major, vencida pelo streamer.

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