segalla, treinador da FURIA, em entrevista à Dust2 Brasil

segalla sobre FURIA feminina: "A pressão vai subindo cada vez mais"

Treinador da FURIA feminina ainda falou sobre possibilidade de bootcamp na Europa

A FURIA ainda não sentiu nesta temporada o amargo gosto da derrota em decisões nacionais. Em entrevista à Dust2 Brasil, o treinador Lucas "segalla" Mancini afirmou que, a cada vitória, a pressão sobe em cima da equipe.

"Aumenta, com com certeza. A cada campeonato que a gente é campeão, a cada jogo que a gente vence, vai aumentando a pressão. A gente se acostuma, a FURIA se acostuma, os torcedores se acostumam com a gente ganhando. Então, quando acontecer de a gente perder, e um dia a gente perder, o que vai acontecer, é inevitável, o baque é com certeza maior. Então, a cada campeonato que a gente ganha, a cada jogo que a gente vence, a pressão vai subindo cada vez mais".

Neste ano, em solo nacional, a FURIA feminina perdeu pouquíssimas vezes. Quando questionado se o Brasil está pequeno para o time, segalla desconversou: "Brasil estar pequeno é muito forte. Mas, assim, eu acredito como a gente foi para o mundial recente, conseguimos ver que o nosso nível, atualmente, somos o segundo melhor time do mundo".

"Agora, se o Brasil está pequeno, se nenhum time vai conseguir chegar na gente, é vocês que vão ter que dizer. Só estamos fazendo o nosso trabalho e querendo ganhar tudo o que vier pela frente".

O principal adversário

A FURIA feminina já está na grande final da 5ª Gamers Club Masters e nesse torneio a equipe está podendo ver ainda mais de perto as adversárias. Na opinião de segalla, atualmente, o principal oponente das Panteras é o MIBR.

O treinador explicou que chegou a esta conclusão após a ESL Challenger Valencia 2022: "Com a apresentação que o MIBR teve, quando voltássemos para o Brasil, a gente achou que o MIBR ia dar uma esticada e elas iam começar a mandar muito bem porque no mundial eles tiveram uma apresentação muito boa. Mas não aconteceu porque, em alguns campeonatos line, ficaram elas e B4, os dois times sempre no mesmo nível".

"Acredito que sim, que elas estão mandando melhores. É muito por questão de mapa. Para mim, o MIBR tem os melhores mapas, mas em uma md3, não é o suficiente em ser bom em penas dois. Atualmente, acredito que o MIBR seja o nosso adversário mais próximo", completou.

Bootcamp sendo planejado

Com a FURIA cada vez mais competindo fora do Brasil e brigando por título mundial, segalla revelou que já aconteceram conversas entre equipe e organização para a realização de um bootcamp no exterior. Segundo o treinador, a ideia foi discutida recentemente, mas não foi pra frente por agora.

"A FURIA já deixou avisado que pode acontecer no futuro. Acredito que, no ano que vem, talvez, possa acontecer, mas não tem nada certo ainda. É algo que a FURIA está disposta a fazer e é o nosso sonho fazer um bootcamp na Europa e jogar contra o tier 1 do mundo", afirmou.

Quanto a necessidade de se preparar no exterior, segalla deixou claro que a FURIA consegue se preparar no Brasil, mas que "o problema maior é que aqui tem muitos campeonatos e lá fora não tem. É uma coisa que a gente está acostumado a jogar, mas os treinos na Europa não se comparam com os do Brasil".

O treinador disse também que a FURIA "ainda tem dificuldade de achar treino" e, numa conversa com a Nigma Galaxy, a equipe europeia revelou que treinam com a OG: "Então, eu acredito que o principal ara a gente seriam os treinos, mas o problema seria que teria que pararmos os campeonatos aqui. Por isso, tem que ser bem organizado para perdemos menos campeonatos possível aqui para conseguir treinar lá para aumentar o nível e conseguir chegar pelo menos no nível da Nigma para ganharmos o título".

Mudança de IGL

Uma novidade da FURIA para esta edição da Masters feminina é Olga "olga" Rodrigues sendo a IGL da equipe. Segundo segalla, a decisão foi tomada após a Impact Valencia a pedido de Izabella "izaa" Bieberbach, a antiga capitã.

"Ela veio conversar conosco e disse que estava se sentindo pressionada, que esse peso nas costas estava atrapalhando no jogo, que ela não tava dando 100% do jogo dela. Ela queria tentar uma outra pessoal para ela se sentir livre. Acabou que a gente, numa conversa, a Olga foi a melhor pessoa que achamos. Ela também quis testar e está mandando super bem".

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