Sjokz em entrevista à Dust2 Brasil

Sjokz: "Nenhuma outra coisa é como CS:GO ao vivo"

Apresentadora falou sobre IEM Rio Major e o desejo de seguir fazendo eventos de CS:GO em 2023

Você provavelmente conhece Eefje "Sjokz" Depoortere das transmissões de League of Legends, mas o ano de 2022 colocou, de vez, a apresentadora belga no mapa do CS:GO. Depois de ter trabalhado em eventos da BLAST em 2019 e 2020, a temporada atual teve sjokz participando dos três principais eventos do calendário, incluindo o IEM Rio Major, onde ela conversou com a Dust2 Brasil.

"Eu sempre quis fazer mais eventos de CS:GO, dei muita sorte que o Major era na Bélgica e eu sou belga. Eu estava tentando fazer isso acontecer por muito tempo, e fui lá e consegui o lugar. Mas eu também agarrei com as duas mãos, trabalhei muito, porque queria ir bem. E tive uma boa reação", disse Sjokz.

"É legal porque tem alguns jogadores que dizem 'eu ainda jogo muito League of Legends, te conheço', o que ajuda a fazer a conexão para a entrevista, o que é muito divertido. Mas, além disso, todos têm sido muito receptivos, e o time de talentos do CS:GO é um em 1 milhão", continuou a apresentadora.

"A Heccu vem e diz que ouviu tal coisa do drop na entrevista, 'ele me disse isso outro dia e acho que você deveria focar nisso', o Maniac vêm e diz que 'adoraria saber disso', e eles perguntam coisas que precisam do background do time e que não tenho certeza porque é o mais difícil para mim. Você pode procurar coisas, mas eu não sei exatamente o que aconteceu em 2016, e eles me ajudam muito. Tem sido ótimo e espero que eu possa continuar, porque eu amo CS:GO", completou.

Sjokz afirmou que o plano é, em 2023, fazer no mínimo os mesmos eventos que ela fez esse ano - os dois mundiais e a IEM Cologne, além de ter apresentado os dois RMRs da Europa.

"O que eu acho que é mirar muito alto. Eu me sinto muito sortuda de ter feito isso, mas eu amo. Nenhuma outra coisa é como CS:GO ao vivo, é muito louco, por conta da natureza do jogo, quão feliz você pode ficar com a história de um único round, é ótimo falar e reportar sobre. Sim, eu adoraria estar aqui mais vezes, é claro que eu amo League of Legends, vai ser sempre meu primeiro grande amor quando se trata de transmissões. Mas, se conseguir achar o mix perfeito, eu ficaria muito feliz", completou.

Contando histórias

Sjokz nunca escondeu sua paixão pelo Brasil, já tendo estado no país fazendo eventos no passado ou falando em português ou brincando com os fãs locais nas redes sociais. Dessa vez, não foi diferente.

"Muito, muito bem. Eu acho que muita gente não me conhece no Counter-Strike do Brasil como eles conhecem no League of Legends, mas tudo bem, porque todos têm sido ótimos comigo. Muitos perguntam como pronunciar meu nome, porque acho que é um pouco difícil no Brasil, então eu tento explicar. Todo mundo tem sido ótimo e fico feliz por estar de volta", disse.

Sjokz lembrou de outro evento que fez na Jeunesse Arena, o Mid-Season Invitational de League of Legends, realizado em 2017.

"Aquelas são algumas das minhas memórias favoritas, mas é muito interessante que é a mesma arena, mas, quando a FURIA jogou, era como se fosse uma arena diferente, estava insano. Todos com placas, fazendo mais barulho do que fizeram para o League of Legends. Acho que obviamente tem a ver com a FURIA jogando, mas também como o público ama CS:GO no Brasil. Não sei, a cultura de comemorar e animar é diferente", explicou.

E, a preparação para um evento dessa magnitude também é diferente. Sjokz se vê mais livre para criar em eventos de CS:GO do que nos de League of Legends.

"E eu venho do Worlds, onde as coisas são organizadas, estruturadas, e você não pode fazer nada inesperado. É tudo como planejamos. Aqui é diferente, é sobre o que conseguimos fazer, 'o FalleN está ali, vamos falar com ele, vamos falar com esses fãs'. Eu vi uma camiseta da NAVI numa criança na plateia no meio dos fãs da FURIA, e o Banks foi falar com ele. Coisas assim são super legais, e todos que falamos está pronto para jogar", disse.

"Eu gosto de estudar, e tentei, mas uma semana atrás eu comecei a minha preparação, pensei nos times que passariam aos playoffs, fiz minha lista com FaZe, Vitality, todas esses times, e aí vi que não estava certo. Acho que isso também é legal, porque dá a esse Major um espírito de 1 em 1 milhão, pelas coisas que aconteceram, só times que se classificaram para as semifinais", completou.

Sem os favoritos, Sjokz teve que se virar para buscar histórias, um desafio constante para as transmissões. Além de trazer pontos diferentes e mais conhecidos do público, também é necessário dar novos ângulos a fatos que são contados a todo momento - um exemplo clássico para esse evento é a força da torcida brasileira.

"Eu tento pegar as histórias que já contamos várias vezes, mas de um ângulo diferente. Como você disse, em outros campeonatos, você tem que falar das mesmas histórias 70 vezes seguidas, mas como você deixa aquilo interessante para o espectador? Eu acho que é nossa responsabilidade contar histórias dos times e dos jogadores da mesma maneira, mesmo que sejam de jogadores que não falamos sempre, porque eles são tímidos e não gostam de dar entrevistas, ou tem uma barreira linguística, talvez não tenhamos acesso a eles. É importante para nós fazermos uma pesquisa e ter certeza que podemos contar a história deles. Ninguém merece ser esquecido, todos tem sua história individual", disse.

"Espero que a gente tenha feito um bom trabalho. Eu acho que é interessante, porque às vezes você fala do mesmo time. É como no Worlds, você fala do Faker todo tempo, o que é legal, mas também é legal falar da MOUZ, dos jogadores do academy que subiram, do drop que também é um jogador da academy e ontem carregou a FURIA na Mirage, tendo uma performance insana. Espero que a gente esteja fazendo justiça às histórias", finalizou.

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