guerri, da FURIA, durante o BLAST.tv Paris Major

guerri sobre trocas: "Muito cedo para afirmar"

Treinador disse que objetivo é cuidar dos jogadores, mas campanha será analisada "sem emoção"

A eliminação da FURIA no BLAST.tv Paris Major foi traumática, mas o time ainda não quer comentar sobre possíveis trocas na escalação. Após a derrota para G2 que sacramentou o 0-3 do time brasileiro, o treinador Nicholas "guerri" Nogueira afirmou que ainda não há nenhuma decisão no horizonte.

"É muito cedo para afirmar. Acabamos de perder um jogo importante, meu maior objetivo agora é cuidar dos jogadores, estar perto deles, dar carinho", disse guerri em entrevista à Dust2 Brasil.

"No final do dia, vivemos isso como atletas de alto desempenho, mas nos gostamos muito, somos amigos e é um momento difícil. É o tipo de coisa que não estou pensando agora, estou pensando mais em estar perto deles e passar por esse momento difícil, que já passamos no passado", completou.

O treinador, porém, ressaltou que a campanha no Mundial será analisada friamente.

"Não é o fim do mundo, mas é uma campanha muito ruim que temos que olhar para ela de verdade, sem nenhuma emoção", afirmou.

Principal motivo da eliminação

guerri analisou também os mapas jogados. De acordo com o treinador, os ecos e forçados perdidos após o primeiro pistol nos dois mapas acabaram complicando.

"Tem vários motivos que vemos durante o jogo, tecnicamente falando. Sobre os jogos de ontem eu já tinha falado o que aconteceu, mas, sobre o jogo de hoje, é uma Inferno que perdemos um eco seco por decisão ruim, e eu pausei exatamente para falar que esse eco seco não poderia definir o nosso CT. E começamos a tomar muito susto. Fazíamos setup no campa, os caras saiam no meio. Estávamos na B, os caras agressivavam B e matavam alguém", disse.

"(Foi) falta de atenção, nós demoramos para entrar atentos, mesmo entendendo o momento que a gente tava, nós não conseguimos ter a atenção necessária para convertermos os rounds que precisávamos, isso já foi demonstrado no eco seco dos caras. Aí, quando foi para TR, quando ganhamos o primeiro armado era um bom motivo para voltarmos ao jogo, mas, novamente, tentamos fazer um domínio B, saiu mal feito, foi fazer a tática e errou a tática", completou.

saffee abatido após derrota da FURIA para a G2

"E, na Mirage, novamente, ganhamos o pistol, perdemos o anti-forçado, nos enrolamos novamente. Ganhamos o forçado e, nos armados, demoramos para nos adaptar. Tivemos muita dificuldade para nos adaptar, eles estavam largando o meio, batendo nas pontas, com AWP na caverna, avançando bastante na B, e demoramos para nos adaptar. Faltou adaptação, atenção, e nesse tipo de campeonato, com muita pressão, com os melhores times do mundo jogando, não tem muito espaço para não estar atento, esperto com esse tipo de coisa. Mesmo a gente se preparando e sabendo disso, não convertemos o que conversamos e esse foi o principal motivo da nossa eliminação", cravou o treinador.

guerri disse que já sabia que teria que usar os pauses para fazer o time se recuperar do eco seco do primeiro mapa - na ocasião, o treinador parou o jogo 3 das 4 vezes possíveis antes da virada de lados.

"Eu já estava bem esperto em relação aos meus pauses, sabia que ia precisar gastar, principalmente depois do eco seco que perdemos. Nós erramos coisas que não estávamos errando, e isso pode ser por vários motivos. Pressão, momento, atenção, enfim, são vários fatores que são difíceis de limitar em alguma coisa específica", explicou.

"É um conjunto de fatores. É uma campanha para se esquecer, nossa pior em Majors, triste por ser no último Major do CS:GO, por não termos conseguido colocar em prática tudo que treinamos, e nós treinamos bem. É óbvio que queríamos chegar aos playoffs, buscar o título, mas mostramos algo muito distante disso", completou.

Decisões

Agora, a FURIA foca na IEM Dallas, seu próximo e último compromisso do semestre. guerri alerta que o time precisa entender porque não conseguiu repetir as boas atuações dos últimos campeonatos em sua estadia em Paris.

"Viemos de apresentações muito positivas no RMR e na IEM Rio, tendo jogos na mão em vários jogos, e não conseguimos replicar isso aqui", disse.

"Precisamos tomar decisões juntos dentro de jogo, tecnicamente, para entender porque não conseguimos replicar o que fizemos nos treinos, porque nós estávamos errando a tática, porque não estávamos na mesma página, porque não nos adaptamos e o que estava faltando para nos adaptarmos. Esse tipo de coisa precisamos resolver e ter esse último torneio do semestre bem", finalizou.

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