
BLAST explica imbróglio com BESTIA; organização se defende
As horas após o anúncio de que a Legacy substituiria a BESTIA no BLAST.tv Austin Major foram de comoção na comunidade internacional de Counter-Strike 2. Depois do apelo de várias figuras importantes, que se solidarizaram com a situação da organização argentina e pediram para que a BLAST, organizadora do mundial, esperasse pelos vistos até segunda-feira, a organização decidiu dar sua visão sobre o acontecido.
Em uma linha do tempo enviada à Dust2 Brasil e outros veículos de imprensa na manhã desta quinta-feira, a BLAST afirmou que, ao longo das últimas semanas, a BESTIA não respondeu aos contatos da organizadora após a primeira recusa de vistos, não cumpriu a data-limite para envio da documentação e avisou que os jogadores teriam entrevistas de emergência - e não vistos aprovados, como a organização afirmou publicamente.
De acordo com a BLAST, os primeiros avisos sobre vistos foram enviados em 14 de fevereiro, após uma atualização do Valve Regional Standing (VRS).
Cerca de dois meses depois, após a realização dos Major Regional Qualifiers (MRQ), em 23 e 24 de abril, a BLAST procurou as equipes para saber os status dos vistos e, no dia 1 de maio, foi informada pela BESTIA que quatro jogadores estavam no processo de obtenção do documento.
Segundo a organizadora, após a primeira recusa de vistos, a BESTIA "passou a não responder" a BLAST, que então definiu uma data-limite para para que o time enviasse os vistos: quarta-feira, 21 de maio, às 12h (horário de Brasília).
Às 8h20 da quarta-feira, quase quatro horas antes do limite, o time entrou em contato com a BLAST e afirmou que os últimos jogadores sem o visto - Tomas "tomaszin" Corna e Luciano "luchov" Herrera -, teriam entrevistas de emergência no consulado nesta quinta-feira, 22, e na sexta-feira, 23, e possivelmente teriam seus vistos assegurados na segunda, 26, ou na terça, 27.
A BLAST, porém, disse que o processo parece ser de entrevistas de visto, não da confirmação da obtenção de documentos, o que faz a BESTIA "falhar nos requerimentos que foram comunicados".
Com isso, a BLAST decidiu repassar a vaga da equipe para a Legacy, que perdeu para BESTIA na seletiva sul-americana. Com o visto assegurado, a Legacy aceitou o convite e foi anunciada no mundial às 17h13 da quarta. De acordo com a organizadora, a decisão foi aprovada pela Valve.
Além disso, a BLAST afirmou que os atuais representantes legais da BESTIA admitem que a equipe começou o processo dos vistos de "maneira incorreta e sem o suporte legal apropriado".
BESTIA se defende
Procurado, Rodrigo "pino" Manarino, manager da BESTIA, afirmou que o livro de regras não continha nenhuma data-limite previamente determinada e que, quando questionada sobre o prazo, a BLAST afirmou que os vistos deveriam ser enviados "o mais rápido possível" e, posteriormente, enviaram a data de 21 de maio. Na manhã da data-limite, a BESTIA pediu a prorrogação do prazo, mas a BLAST não atendeu.
pino afirmou que mais detalhes serão publicados durante a tarde da quinta.
Mais problemas
Além da BESTIA, a FlyQuest também está enfrentando problemas com o visto. A BLAST afirmou que a equipe australiana ainda não obteve os documentos para um de seus jogadores, que passou pelo processo de entrevista na última quarta. O reserva do time, porém, tem o visto assegurado.