BLAST define situação da BESTIA
A substituição da BESTIA pela Legacy no BLAST.tv Austin Major segue sendo um assunto muito debatido na comunidade. A organização argentina não conseguiu os vistos até o deadline da organizadora, porém teve os mesmos aprovados nos dias seguintes. Pela primeira vez a BLAST se pronunciou sobre o assunto após a BESTIA conseguir os vistos.
A organizadora afirmou que apesar dos jogadores terem conseguido os vistos, isso foi feito depois da deadline estabelecida, e assim a equipe ficará fora do mundial.
"Estamos cientes de que a decisão de substituir a BESTIA no BLAST.tv Austin Major 2025 gerou uma série de questionamentos sobre o processo de tomada de decisão. Visando a transparência, temos o maior prazer em esclarecer os fatores que levaram a esse resultado lamentável. Como em qualquer um dos nossos eventos, todas as equipes participantes estão sujeitas aos requisitos de visto do país anfitrião. Desde fevereiro, a BLAST mantém comunicação constante com todas as equipes sobre o processo de visto americano necessário para participar do evento. Essa comunicação começou bem antes da qualificação para garantir que quaisquer problemas ou atrasos pudessem ser resolvidos antes do evento
No total, vimos 31 equipes e 158 jogadores garantirem com sucesso os vistos necessários, seguindo o processo de inscrição implementado para o torneio; tudo dentro dos prazos publicados. A BESTIA se classificou para o torneio na quinta-feira, 17 de abril. Cada equipe é a responsável final pela obtenção dos vistos de seus jogadores, e isso fica sempre a critério do país anfitrião. Compartilhamos todas as informações relevantes sobre vistos e mantivemos contato regular para auxiliar no processo.
Durante esse período, a BESTIA teve compromissos nos quais não conseguiu garantir os vistos de todos os jogadores. Na sexta-feira, 16 de maio, emitimos um prazo final claro para todas as equipes com problemas de visto: quarta-feira, 21 de maio, às 17h (CEST). Nesse momento, esperava-se que todas as equipes tivessem garantido os vistos para um número suficiente de seus jogadores inscritos, a fim de competir em Austin. Esse prazo foi estabelecido para ajudar a manter a integridade competitiva e o planejamento logístico do evento.
Até o prazo final, dois jogadores da BESTIA não haviam obtido os vistos necessários e, como resultado, procedemos à confirmação de que eles não atendiam aos requisitos para participar do torneio e tiveram que ser substituídos. Esta decisão foi tomada em conformidade com o acordo de participação no torneio (ATP). Embora os jogadores em questão tenham recebido os vistos posteriormente, não há dúvida de que eles não estavam presentes a tempo de cumprir o prazo exigido. Portanto, não tivemos escolha a não ser manter as regras do torneio, das quais todas as equipes estavam cientes.
É um enorme pesar para todos os envolvidos que isso tenha impedido a BESTIA de competir no Austin Major. Reconhecemos a decepção que esta notícia traz aos seus fãs e à comunidade de esports em geral."
Em resposta ao comunicado da BLAST, o CEO da BESTIA afirmou que vai entrar na justiça.
"Você sabe que está fazendo a coisa errada. Queríamos resolver isso de forma justa. Nos vemos no tribunal", disse Alejandro "Papo MC" Lococo em suas redes sociais.
Entenda o que aconteceu
A BESTIA se classificou para o BLAST.tv Austin Major após vencer a Legacy na disputa pela terceira e última vaga no MRQ sul-americano. Porém, dois dos cinco jogadores da equipe argentina não haviam conseguido seus vistos dentro do prazo estipulado pela BLAST.
O Major Supplemental Rulebook, da Valve, e consequentemente o livro de regras do Major, determinam que a equipe pode fazer apenas uma substituição, com um reserva previamente inscrito, na escalação titular - com dois desfalques, a BESTIA seria obrigada a fazer duas, o que fere o regulamento.
Assim, a BLAST afirmou que o prazo para apresentar o visto seria até a última quarta-feira, e quando a equipe argentina não conseguiu fazer isso, a organização então anunciou a Legacy em seu lugar.
Nos dias seguintes, a BESTIA conseguiu os vistos dos jogadores que ainda estavam sem, sendo eles Luciano "luchov" Herrera e Tomas "tomaszin" Corna.
O que diz a BESTIA
Em entrevista à Dust2 Brasil, Rodrigo "pino" Marino, manager da BESTIA, disse que faltou comunicação por parte da organização argentina e que o time começou o processo do visto de maneira errônea.
pino também disse que a BESTIA chegou a pedir uma extensão da deadline para BLAST, mas não teve resposta. Uma das principais reclamações da BESTIA é que uma data-limite para envio de vistos definida pela BLAST não está presente em nenhum livro de regras, seja o Supplemental Major Rulebook, da Valve, ou as regras específicas do próximo mundial.
