BESTIA: "Estamos sendo ilegalmente privados do nosso direito de competir"
Depois do último comunicado da BLAST onde a organizadora confirmou que a BESTIA não irá disputar o Major, a organização argentina publicou uma nota oficial afirmando que está sendo "ilegalmente" privada de competir e que irá entrar na justiça.
"Lamentamos que a BLAST defenda uma resolução arbitrária, contrária ao mais básico senso de justiça e espírito esportivo. A BESTIA cumpriu todos os requisitos estabelecidos pela organizadora em todas as seus comunicados e informou que os vistos foram obtidos adequadamente. Estamos sendo ilegalmente privados do nosso direito de competir. O que está acontecendo não tem precedentes na história do CS2. Em defesa dos nossos interesses particulares, mas também buscando condições justas e equitativas para todos os atletas, levaremos nossa reivindicação às autoridades competentes."
A BLAST publicou neste sábado um comunicado oficial sobre a situação da BESTIA, e afirmou que a organização argentina não irá disputar o BLAST.tv Austin Major por não ter entregado a documentação necessária na data prevista.
Entenda o que aconteceu
A BESTIA se classificou para o BLAST.tv Austin Major após vencer a Legacy na disputa pela terceira e última vaga no MRQ sul-americano. Porém, dois dos cinco jogadores da equipe argentina não haviam conseguido seus vistos dentro do prazo estipulado pela BLAST.
O Major Supplemental Rulebook, da Valve, e consequentemente o livro de regras do Major, determinam que a equipe pode fazer apenas uma substituição, com um reserva previamente inscrito, na escalação titular - com dois desfalques, a BESTIA seria obrigada a fazer duas, o que fere o regulamento.
Assim, a BLAST afirmou que o prazo para apresentar o visto seria até a última quarta-feira, dia 21/05, e quando a equipe argentina não conseguiu fazer isso, a organização então anunciou a Legacy em seu lugar.
Nos dias seguintes, a BESTIA conseguiu os vistos dos jogadores que ainda estavam sem, sendo eles Luciano "luchov" Herrera e Tomas "tomaszin" Corna. A organização argentina afirmou que na manhã do dia 21 de maio, havia pedido uma extensão no prazo dado pela BLAST, alegando que haviam conseguido entrevistas para os dias 22 e 23 de maio, e que precisaria de mais alguns dias de prazo. Segundo Rodrigo "pino" Marino, a BLAST só respondeu após quase três horas do horário estipulado da data-limite, já avisando que o time seria substituído pela Legacy e que o anúncio oficial aconteceria na próxima hora.
