Jogadores do MIBR no palco da PGL Astana

Sharks busca investidores para comprar MIBR

Organização portuguesa tem interesse em adquirir clube brasileiro

A Sharks está interessada em adquirir o MIBR. Presente no cenário brasileiro desde 2017, a organização portuguesa está procurando levantar fundos para investir na aquisição e reestruturação de uma das principais marcas da história da modalidade no país.

A informação foi apurada pela Dust2 Brasil. Nas últimas semanas, a Sharks tem conversado com investidores para tentar arrecadar dinheiro para adquirir o MIBR e se tornar a nova controladora da organização, que pertence à Immortals Gaming Club (IGC), um fundo de investimentos norte-americano, desde 2018.

Segundo informações obtidas pela reportagem, a Sharks procura por um aporte entre € 3 milhões e € 5 milhões (R$ 19 a 32 milhões) para o investimento. Desses, estima-se que no máximo € 3 milhões (R$ 19 milhões) podem ser usados na aquisição e mais € 2 milhões (R$ 12 milhões) seriam usados para fazer investimentos no próprio MIBR.

Há ao menos mais um investidor também acompanhando a situação do MIBR, mas a reportagem não conseguiu evidências de que há conversas em andamento.

Caso a negociação seja concluída, um dos dois times principais de Counter-Strike terá de ser negociado, já que as regras da Valve e da maioria das grandes organizadoras de torneio não permitem equipes do mesmo dono disputando suas competições.

Hoje, o MIBR conta com três times de Counter-Strike (principal, feminino e academy), três times de VALORANT (misto, inclusivo e academy) e três MC's de batalha de rap. A Sharks, por sua vez, tem um time principal e um academy de CS. Além disso, a organização conta com vários streamers de nome, como Gustavo "sacy" Rossi e Renato "nak" Nakano.

O que dizem as partes

Procurado pela reportagem, João Duarte, CEO da Sharks, "não confirmou e nem desmentiu" que a organização está fazendo uma investida pelo MIBR, e ainda afirmou que, se a Sharks entrar em um negócio como esse "irá utilizar fundos próprios e fundos de investidores estratégicos".

Questionado sobre o que a organização faria para driblar o conflito de interesses, Duarte explicou em um exemplo hipotético como vê as duas equipes, mas reforçou que não vale a pena especular.

"Vou falar hipoteticamente, se houvesse uma aquisição, o MIBR é muito mais do que CS, inclui VALORANT e uma alargada rede de streamers e influenciadores que a Sharks não tem. No CS, a Sharks é uma equipa jovem, com menos experiência, com menos resultados ainda, mas, na minha opinião, com mais potencial", disse.

"O MIBR é uma equipa experiente, mesmo os jogadores jovens já têm experiência, que, em certa medida, até pode estar numa fase de rebuild. Mas para qualquer operação de aquisição ou fusão no mercado o caminho é tão longo que não vale a pena especular. Há várias oportunidades no mercado e estamos atentos. O MIBR é uma marca histórica dos esports, que tem feito um bom trabalho nos últimos anos, mas não pode perder hype e efeito comunidade que organizações como a LOUD e o Fluxo, por exemplo, têm conseguido", completou.

O MIBR, por sua vez, disse em nota que procura por investimentos, mas que não há negociações formais em andamento. Confira:

"O MIBR está no mercado há mais de um ano avaliando oportunidades de investimento e parcerias estratégicas que possam fortalecer o projeto a longo prazo. Temos sido abordados por diferentes grupos nesse período, mas não há qualquer negociação formal em andamento."

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#1(Com 0 respostas)
26 de junho de 2025 às 18:46
luc
Capaz da org inteira ser mais barata que o buyout do insani
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