
YEKINDAR sobre permanência na FURIA: "Senti que era onde queria ficar"
Um dos grandes triunfos da ida de Mareks "YEKINDAR" Gaļinskis para a FURIA era a possibilidade do time brasileiro, enfim, ter seus jogadores nas posições que mais se sentem confortáveis. O letão, que assinou um novo contrato até 2027, conversou com a Dust2 Brasil e apontou como isso ajudou na evolução da equipe.
"Finalmente as funções estão corretas na FURIA. Foi por isso que teve uma grande melhora em termos de entender cada função individual. Antes era muito difícil para alguns jogadores, como o KSCERATO que precisava fazer muito entry, ou fazer muitas coisas diferentes. O yuurih às vezes precisava ser entry porque o skullz estava de lurker."
"Agora tudo está definido. Eu e FalleN estamos de entry, KSCERATO pode ser entry ou fazer tudo, yuurih está em uma posição natural onde ele pode vencer o round sozinho depois. O limite entre agressividade e passividade mudou o jeito que os rounds CT e TR são e tudo mais. Cheguei com muita informação e muitas ideias, mas ao mesmo tempo aprendi muito dos brasileiros. Eles são ótimos jogadores e possuem seu próprio jeito de pensar sobre o jogo, o que é muito legal e gosto de aprender", seguiu YEKINDAR.
Além de muita informação e ideias, YEKINDAR chegou à FURIA com bastante agressividade. O letão explicou como tem encaixado essa característica, que é sua marca no Counter-Strike, com o time brasileiro.
"As vezes jogamos um mapa onde tenho 3 kills e 17 mortes, e assumo a culpa. Tem um pouco de conexão com o FalleN porque ele percebe que o jogo está indo bem ou quando ele precisa colocar uma coleira em mim. Sou colocado em posições onde posso naturalmente fazer o que faço e eles me escutam sobre o que preciso e estão sempre abertos a tudo que oferece."
"Não quero dizer apenas dentro do jogo, porém também fora do jogo em relação ao preparo ou a fazer jogadas novas. Não tem ninguém me falando para não fazer isso ou nada assim. Acho que é um equilíbrio ou talvez esteja um pouco agressivo demais, porém estou feliz", disse.
A felicidade de YEKINDAR passa também pelo entendimento do conjunto da FURIA. O letão comentou a fala de Yuri "yuurih" Santos, que disse que abriu mão de estatísticas e melhores posições nos mapas para deixar os companheiros de equipe confortáveis para o melhor funcionamento do time.
"Todos têm ego em relação a querer mostrar seu melhor. Como disse sobre as funções, todos precisam entender sua função para o time funcionar. Todos precisam trabalhar juntos em vez de cada um querer ir para uma direção. Existem jogadores aqui que podem se sacrificar. O FalleN sacrifica tudo, ele sempre dropa uma AK para mim sempre que tenho uma galil ele joga com ela, joga com Tec-9, faz flash, faz o suporte, está pulando. Quando você tem um jogador assim no time, não podemos reclamar de algo que não aconteceu do seu jeito."
Com o conjunto estando alinhado, YEKINDAR precisava escolher se iria seguir na FURIA depois do BLAST.tv Austin Major - torneio que marcava o fim do seu empréstimo com o time brasileiro. Para ele, a decisão foi tranquila.
"Eu não queria pensar nisso durante o Major, mas naturalmente senti que aqui era onde queria ficar e era onde me sentia confortável. Estou feliz que fiquei. Só não queria pensar nisso durante o Major, muitas pessoas estavam falando disso e eu só queria jogar e depois decidir."
"A FURIA estava pronta para me contratar depois de Astana, mas não queria me apressar, queria jogar os três campeonatos. Talvez alguém iria mostrar sua verdadeira personalidade, talvez o FalleN era o capeta ou alguma coisa assim. Eu estava esperando cuidadosamente o fim desses três campeonatos para decidir", concluiu YEKINDAR.
Leia também

