
Premiação, datas e mais: Presidente da FERJEE detalha torneio mundial feminino
O MIBR venceu mais um título nacional em LAN depois de ganhar o Rainhas do Clutch em cima da FURIA, no último domingo. No entanto, em 2026, a FERJEE vai realizar mais uma edição do campeonato, porém com uma grande diferença: o torneio será um mundial, nomeado Clutch Queens.
Durante o último Rainhas do Clutch, a Dust2 Brasil conversou com Cadu Albuquerque, presidente da FERJEE, que deu mais detalhes sobre como está o planejamento para que a Federação realize um torneio internacional no próximo ano.
Cadu contou que a FERJEE acertou que a competição será disputada no primeiro semestre do ano, porém ainda sem um mês definido, com uma premiação total de R$ 250 mil, além de club share de R$ 100 mil - quantia esta direcionada para as organizações diretamente.
"Já conversamos com os times europeus e da América Latina, falta falarmos com as equipes da América do Norte e Ásia também. Falta esse diálogo com eles, que ainda não tivemos. O pessoal da Europa se animou, está todo mundo bem animado para participar desse evento. Fui para Estocolmo ano passado, conheci a estrutura do que a ESL faz. É um evento dentro de uma feira, bem legal, então pegamos expertise da forma como eles conduzem o campeonato", disse o presidente da FERJEE.
"Tem algumas coisas que podemos melhorar muito para transformar esse evento em um mundial. Hoje, o Rainhas já tem uma estrutura grande, tem um peso diferente, teve uma evolução do ano passado para cá. Procuramos dar muita experiência para as jogadoras que estão presencialmente conosco, isso é importante para mostrar que o carinho e o tratamento é da mesma forma que acontece no cenário masculino. Temos sempre que mostrar essa igualdade", seguiu.
A FERJEE anunciou que iria realizar um mundial feminino logo após a ESL divulgar que iria encerrar as operações da Impact no próximo ano, com a oitava edição sendo a última do circuito. Na ESL Impact S8, por exemplo, a etapa sul-americana começou em 10 de setembro e chegou ao fim em 24 de outubro, definindo os dois classificados para o mundial, que será jogado entre 28 e 30 de novembro.
Cadu conta que a Federação ainda está estudando qual será o melhor formato para a realização do campeonato e deu uma previsão de quando mais detalhes serão divulgados.
"Sabemos da importância desse campeonato começar o mais rápido possível para o calendário feminino. (O campeonato) não acontecerá antes do carnaval do Rio, que acontece em fevereiro, mas acredito que já poderemos anunciar a data e formato antes do carnaval. Estamos estudando como vai ser esse formato."
"Queremos manter o mesmo formato nesses campeonatos grandes. Nossa ideia é fazer sem taxa de inscrição e com a FERJEE pagando toda a parte de alimentação e hospedagem dos times. Não adianta fazer um campeonato internacional e falar para um time se virar para vir."
Agora sem a ESL Impact, que era um dos maiores pilares para o cenário feminino, Cadu pede que mais organizadoras realizem torneios femininos, aumentando o leque de possibilidades para as organizações. O primeiro mundial do Queens Clutch está programado para o Rio de Janeiro, cidade que a FERJEE almeja tornar a capital brasileira de esports.
Com um mundial no horizonte, Cadu ainda não consegue garantir uma sequência na realização de torneios internacionais para o futuro.
"Não sei se consigo fazer dois eventos ou dois mundiais porque dependo de captação, construção dos projetos. Ano que vem é um ano complicado no Brasil como um todo, sabemos como funciona um ano de eleição e de Copa. Alguns meses viram festa. Não sabemos como conseguiremos viabilizar um segundo projeto a nível mundial no segundo semestre, porém acredito que um nacional e sul-americano vamos conseguir realizar para o público feminino"
"A intenção é manter a chama acesa. As orgs precisam que tenham eventos e premiação para se manterem e justificarem o custo da estrutura. Sabemos da nossa responsabilidade e espero que outros parceiros, como o Circuit X e outros, façam campeonatos femininos e possam vir ajudar. Estou a disposição para ajudar, temos os equipamentos. Estamos aqui para somar forças e fazer com que o cenário feminino siga vivo e cresça bastante", finalizou o presidente da FERJEE.
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