
VINI revela ajuda de try em calls: "Estamos dividindo muito bem"
A campanha de Stage 3 da Imperial no StarLadder Budapest Major chegou ao fim, mas a equipe ainda tinha mais uma surpresa na manga. Após a partida de eliminação, Vinicius "VINI" Figueiredo confirmou que Santino "try" Rigal está o ajudando nas chamadas e dividindo com ele a função de IGL do time.
"É uma parte que viemos nos conversando bem. Eu e ele estamos dividindo muito bem a função. Em vários rounds eu estou só passando o mid round e ele está passando o começo e vice-versa. Depende muito da leitura ou quão confiante estamos no meio do jogo", afirmou o jogador em entrevista à Dust2 Brasil.
"Não é uma dinâmica fixa, é mais de feeling mesmo. Não sei se tem algo parecido na FURIA com o FalleN e YEKINDAR ou coisas do tipo. Ele gosta muito de ser ativo e nesse quesito ele só está somando. Fica 50/50", continuou o jogador.
"Dependendo do round ele tem algum pick e eu complemento o que faremos em volta do round. Às vezes ele manda um domínio fundo e eu complemento o que será feito no mid round igual fizemos nessa D2. Estamos bem confortáveis nesse quesito", completou.
VINI, é claro, agradece.
"Sempre bom ter um carinha falando no seu ouvido e não precisar mandar em tudo", adicionou.
Não clicou
Na eliminação para a Passion UA no jogo do 1-2, porém, não faltou call. Segundo VINI, o que faltou foi skill.
"Analisando o jogo não tão friamente porque acabei de sair da partida, faltou bastante skill da nossa parte num sentido de só punir os caras. A maioria dos rounds que ganhamos foi fazendo nada, parando a mira e matando eles avançando", disse.
"Não é que demoramos para adaptar, mas senti que nossa solução para o que eles estavam fazendo estava bem ruim e, quando fui ver, o placar já estava 7-1 ou 7-2 e foi tarde para voltar para o jogo", completou.
VINI não acredita que a Imperial subestimou o adversário.
"Pelo contrário. Nos preparamos muito bem para eles, nós sabíamos o que eles iriam fazer, mas no servidor nada clicou. Não sei se pelo nervosismo da eliminação, por estarmos moles no jogo, mas não estávamos conseguindo matar. Eles estavam confiantes, botaram o ritmo deles e não tivemos chances", disse.
Ninguém sai feliz perdendo
Apesar da derrota frustrante, VINI e a Imperial saem contentes com a campanha. O time saiu do Stage 1 e chegou até o Stage 3 para a surpresa da maioria da comunidade.
"Se voltarmos ao pré Major, isso aqui está uma maravilha e se fôssemos combinar que sairíamos no Stage 3, todos estariam felizes no começo do Major. Agora é aquele gostinho azedo de saber que dava para ganhar, disputar um 2-2, mas faz parte da competição. Ninguém sai feliz perdendo", disse.
A performance, porém, deixa o time mais confiante para a sequência da temporada.
"Todos saem um pouco confiantes daqui. Todos mostraram que conseguem competir com os caras. Acho que com o tier S, contra FURIA e Falcons, aprendemos bastante coisa do que eles abusaram da gente e o que podemos fazer contra times mais inferiores no Brasil", afirmou.
Sem moleza
Agora, a Imperial descansa e volta à ativa só em janeiro, com o começo da temporada no Brasil. VINI sabe que um bom início de ano muda tudo.
"Tudo depende de como voltaremos das férias. Talvez um pouco moles, mas é tentar replicar o trabalho de dezembro para janeiro e conseguir pegar as vagas de início do ano", disse.
"A coisa mais importante é replicar o trabalho, até porque no Brasil há diferença de nível, a motivação quando você enfrenta times (piores) nos treinos. Vamos preparar coisas diferentes, porque não dá para treinar no Brasil só para trocar tiro, porque você não vai extrair muita coisa por conta do nível dos oponentes", completou.
Para evitar que o time volte mole, VINI tem a receita.
"O principal é (ter) horas de jogo. Desde assistir demo, DM até jogar pug e coisas do tipo. Juntando isso com a motivação daqui vai deixar todos em um bom espírito para o ano que vem e acredito que não falharemos nessa parte", finalizou.
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