bit em entrevista à Dust2 Brasil

bit sobre não se classificar ao Major: "Não tenho essa opção na cabeça"

Após primeiro dia de RMR, treinador falou do triunfo contra O PLANO, derrota para a Liquid e evolução da equipe

O início do RMR americano não foi muito bom para os brasileiros, mas o MIBR tem alguns motivos para se orgulhar. Além de vencer O PLANO na estreia, a equipe ficou a um round de bater a Liquid, atual quarta colocada do ranking HLTV. Para o treinador Bruno "bit" Lima, detalhes impediram o time de triunfar.

"O jogo estava 15-14 para a gente de CT na Ancient, o que é uma vantagem muito grande. Sabíamos que eles tinham pouca grana, pelo que a galera falou os caras ficaram com um de life nesse round", afirmou o treinador em entrevista à ** Dust2 Brasil** direto de Estocolmo.

"Esse é o lado ruim de ter perdido sabendo que podia ter ganho de um time que acabou de ficar top 2 do mundo, mas ao mesmo tempo, sabemos que estamos muito bem", afirmou o treinador.

A decisão de levar o mapa para Ancient, e consequentemente começar do lado terrorista, foi do MIBR, e bit explica.

"Esse jogo mostrou que tivemos a audácia de escolher a Ancient, começar de TR contra um time muito forte. Fizemos um TR muito bom e acabou que de CT pecamos em alguns momentos que fizeram falta e poderíamos ter fechado. No geral, está mais para bom do que para ruim. Estamos tristes porque perdemos, mas fizemos um bom jogo e isso mostra que somos um dos favoritos a ganhar a vaga", cravou.

Mesmo com favoritismo, bit fez um alerta: quando começarem as md3s, o time tem de focar no mental, porque já está bem preparado no resto.

"Nos outros dias, na hora que chegar ali um 2-1, ou 2-2, pode ser que seja um momento que a gente precise se preparar mais psicologicamente do que em (outros aspectos do) time. Já estamos preparados em questões de map pool, tática e no individual, porque praticamos muito esses dias e estamos prontos para pegar essa vaga independente da situação.

Não ter essa vaga no mundial, inclusive, não é algo que passa pela cabeça do veterano de 32 anos.

"Não lembro quem me fez essa pergunta ontem, sobre o que a gente faria se não pegássemos essa vaga no Major. A minha resposta foi: 'Nem passou pela minha cabeça essa opção'. Então, não tenho o que te responder. Não tenho essa opção na cabeça e espero que não aconteça", finalizou.

Confira outros trechos da entrevista

Esperava um jogo tão bom contra a Liquid?

"Sinceramente, eu não esperava quase nada. Não fico pensando muito, mas sabia que tínhamos um TR muito forte. A gente treinou muito Ancient nos últimos dias, então acabamos criando muita coisa, se adaptando em muitas coisas e sabíamos que teríamos um TR forte se executássemos bem as coisas. Fizemos um TR forte, foi bem legal. No CT tivemos até uma leitura boa no 15-14, sabíamos que eles estavam forçados, fizemos uma call que somos bem confortáveis contra o que eles fizeram, mas demos um pouco de azar. Eles terem ficado com um de life, brn poderia ter matado mais um, JOTA pegou os caras de lado e morreu. Foi um pouco de azar esse último round, não diria que foi uma jogada ruim nossa. Poderíamos ter ganho esse round, é difícil saber. Estávamos confiantes, fizemos algo que gostamos de fazer nessa situação de round mas infelizmente demos azar de perder".

"Faltou muito pouco para a gente ganhar esse jogo (contra a Liquid). Essas questões de decisões individuais são muito difíceis. O exit poderia segurar o defuse e o cara passar e matar ele, parece uma jogada idiota se você está 2v1 e defusa direto. É difícil você saber essas coisas, às vezes podem dar certo, podem dar errado. É difícil julgar as coisas individuais desse jeito. Nesse quesito de jogar em time e questões táticas, estamos bem".

Desempenho na Pro League

"O pessoal fala da Pro League como se a gente tivesse ido péssimo na Pro League, mas na verdade a gente teve momentos péssimos sim, mas tivemos momentos ótimos. A gente vem em uma evolução muito grande, lá foi um aprendizado bem grande de saber melhorar e tentar manter a constância. Por exemplo, ganhamos um mapa da FaZe mas depois perdemos no mesmo mapa de espanco para a BIG. Então, o time aprendeu muitas coisas com isso, o porquê de termos ganho da FaZe e termos tomado espanco da BIG, qual foi a situação, a diferença entre um jogo e outro. Isso traz uma consistência grande para a gente e acho que nosso time está em uma evolução tática boa, evoluindo a cada campeonato".

Evolução do time

"Isso infelizmente leva tempo, principalmente porque somos uma equipe que está com o HEN1 há um, dois meses. O CS hoje em dia é completamente diferente de equipe para equipe, é difícil saber jogar contra todas maneiras possíveis, contra todos adversários possíveis, então o CCT por exemplo é um campeonato tier 2 que é muito mais fácil de você ter uma leitura, saber como jogar, ter constância, do que uma Pro League. Se você olhar a FaZe jogar, os caras na mesma partida mudam as questões táticas de várias maneiras possíveis. De jogar rápido, jogar lento, fakear, então temos que aprender com o que os times bons tem e também ter essa constância. Dar tempo pro JOTA de capitão, saber balancear, saber o momento certo de passar cada coisa, mas não tem segredo. No final de tudo, não tem como estalar os dedos e evoluir da noite pro dia. Temos que jogar bastante campeonatos, ir melhorando e treinando bastante".

Sequência do campeonato

"Temos que continuar tranquilos, do jeito que viemos hoje. Estávamos muito tranquilos contra O PLANO porque sabíamos que éramos os favoritos, estudamos como estudaríamos contra qualquer time, fosse ele mais forte ou mais fraco, e respeitamos as coisas que deveríamos fazer. Isso fez com que a gente tivesse um jogo tranquilo contra eles. Contra a Liquid também, sabíamos que tínhamos um TR forte, fizemos as coisas bem feitas".

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