JAME, da Outsiders, no IEM Rio Major

JAME fica feliz com apoio brasileiro: "É bom, é ótimo, eu gosto"

Jogador disse que não sente diferença por jogar no palco porque tem "fones de ouvido com bom isolamento" e quer reeditar decisão com FURIA

O CS:GO brasileiro tem alguns algozes ao redor do mundo, e talvez Dzhami "JAME" Ali seja o mais querido deles. O "supervilão" russo, que se classificou aos playoffs nesta segunda-feira, caiu nas graças do público por conta do estilo extremamente pragmático de jogar e virou figurinha carimbada nas transmissões de Alexandre "Gaules" Borba. E ele gosta disso.

"Eu fico feliz por isso, é bom, é ótimo, eu gosto", disse o capitão da Outsiders em entrevista à Dust2 Brasil.

JAME, inclusive, julga o apoio dos fãs muito importante. Acostumado a ter torcida contra na maioria dos eventos, o russo tem aproveitado ter os fãs ao seu lado.

"(Ter a torcida) é muito importante para mim, é um dos únicos campeonatos que as pessoas estão torcendo para a gente", disse.

"Já jogo há cinco anos, joguei nas Américas, na Europa, mas quando o campeonato foi em Moscou (e a torcida estava do lado da Outsiders), nós vencemos. Talvez a gente precise disso. É uma experiência diferente para nós", completou o awper.

Apesar disso, JAME disse que não sente a vibração dos fãs durante os jogos ou se deixa levar pelo barulho da torcida.

"Para mim não é diferente (jogar no palco em vez do backstage), porque tenho fones com bom isolamento de som", disse o jogador, mantendo um semblante sério.

"Antes do jogo você até sente algo. Depois do jogo você também sente. Mas, durante o jogo, você está tão focado que não consegue ouvi-los", completou.

O maior campeonato da carreira

A vida da Outsiders na IEM Rio Major tem sido mais tranquila do que a equipe costuma enfrentar. O time teve recorde de 3-1 nas duas fases disputadas e não se viu, em nenhum momento, nas cordas. JAME valoriza isso.

"Sempre é difícil para a gente. Começamos 1-2, 0-2, é sempre sofrido no Challengers Stage ou no Legends Stage. Não tem caminho fácil para a gente, toda vez temos partidas complicadas. Já foi assim 5 ou 6 vezes, então não é nada novo pra gente. Estamos acostumados a jogar os grandes jogos por um lugar na próxima fase", contou.

E, embalados por essa campanha sólida, JAME e seus companheiros se preparam para encarar os playoffs da Jeunesse Arena.

"Vai ser uma grande experiência para nós. Vai ser o maior campeonato que jogaremos na carreira", afirmou.

"Qualquer coisa é possível. É um jogo diferente nos playoffs do Major. A força dos times pode mudar porque são os playoffs de um Major. Com mais pessoas na arquibancada, com um estádio maior, eu não sei (o que pode acontecer)", completou.

Para que o que aconteça seja positivo para JAME, ele segue um mantra de seu ex-companheiro Däuren "AdreN" Qystaubaev.

"Eu sempre lembro as palavras do nosso velho amigo AdreN: 'só precisamos jogar o nosso jogo'", disse.

E, para fechar esse campeonato com chave de ouro, JAME gostaria de uma reedição da final da DreamHack Open Rio de 2019.

"Vencemos a FURIA na final do Rio. Uma final contra a FURIA seria ótima para todo mundo", finalizou.

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