WOOD7 em entrevista à Dust2 Brasil

WOOD7 diz que "faltou um pouco de atitude" para Fluxo contra NAVI

Após derrota na estreia da BLAST Premier Fall Final, capitão explicou motivos do revés

O Fluxo estreou contra a NAVI na BLAST Premier Fall Final e, por pouco, não tirou ao menos um mapa do time de Oleksandr "s1mple" Kostyliev. Após a derrota por 2 a 0, com 14-16 na Dust2 e 7-16 na Mirage, Adriano "WOOD7" Cerato falou em falta de atitude do time brasileiro.

"Acredito que na Dust2 fizemos o nosso jogo, já tínhamos jogado um mapa muito parecido contra a Outsiders fazendo isso, e nos adaptamos muito bem, tanto de TR quanto de CT. Algumas decisões de economia não foram boas no final do CT, e, em um round perdido, nós meio que quebramos" descreveu o capitão do Fluxo em entrevista à Dust2 Brasil.

"Faltou um pouco de atitude nossa na parte final do jogo, aceitamos eles jogarem, coisa que não aconteceu no início do jogo. Isso culminou na vitória deles no mapa", continuou WOOD7.

"A Dust2 é um mapa que já performamos em nível tier 1. Infelizmente a Valve tirou ele da rotação, mas é um mapa que entendemos muito bem como time. Agora o maior foco é deixar a Dust2 para trás, porque ela não está na rotação, e focar nos outros mapas, para eles estarem no mesmo nível que colocamos nessa Dust2", completou.

Para o segundo mapa, WOOD7 também falou da falta de atitude e da dificuldade em segurar o "pace" da NAVI.

"Acho que levamos um pouco dessa falta de atitude e não jogamos o nosso melhor jogo, não implementamos nosso ritmo. No geral nos preparamos muito para essa Mirage. Tínhamos treinado contra eles antes do RMR e tínhamos feito uma Mirage muito boa no treino, aí achamos que poderíamos repetir o mesmo plano que nós colocamos, e eles mudaram bastante coisa", afirmou o jogador.

"Foi mais sobre o pace do jogo, eles estavam controlando desde o início, deu pra sentir que eles aceleravam a hora que queriam, eles podiam frear o round, fazer um lento e nós gastaríamos todas as utilitárias de início. Nós não estávamos entendendo muito bem a velocidade de jogo. Faltou nós fazermos um round batendo, mais forte, aquele round clean que aí você começa a controlar o jogo. Infelizmente não aconteceu, perdemos muitos situacionais também, teve um 4 contra 1 que tomamos algumas atitudes ruins. Aí não tem o que fazer, eles controlaram o pace do jogo por conta disso. Talvez um round desses que tivéssemos ganhado teria nos feito puxar o jogo novamente", completou.

WOOD7 durante partida da BLAST Premier Fall Final

WOOD7 não acredita que as apostas que o time fez - como colocar dois awpers na B no 30º round da Dust2 -, tenham sido um fator determinante na derrota. Para o capitão, faltou pontaria e mais assertividade no que ele chama de "micro decisões".

"Muitas dessas apostas dependem que o outro time venham para o bomb. O bom disso é, que se errássemos, só iríamos guardar. Mas acho que, quando eles vieram nos bombs que apostamos, faltou derrubarmos, segurarmos, e aí essas apostas acabaram sendo nulas no final do jogo. No geral, foi mais sobre micro decisões de abrir em atar o cara, saber onde ele está e às vezes não jogar", explicou.

Normalmente um pesadelo para os times brasileiros, os pistols foram um dos pontos fortes do Fluxo hoje. Com o time vencendo 3 dos 4 disputados, WOOD7 crê que os problemas tenham sido os armados iniciais.

"O nosso time é muito bom de pistol. Toda a galera joga muito bem seja de CT ou seja de TR. É mais o primeiro armado. Muitas vezes o time ganha o primeiro pistol, o antieco, só que aí acontece o que aconteceu na Mirage, os adversários fazem um round rápido, com poucas utilitárias e ganham clean, e aí a economia troca. No final, eles estavam com a economia e nós não. Em relação ao pistol, talvez falte a gente preparar melhor esse primeiro armado, fazer uma ligação com ele, mas são detalhes que vamos rever o jogo e entender se foi isso mesmo que aconteceu ou foi só uma impressão", completou.

A falta de ritmo de jogo também atrapalhou. Sem jogar uma partida oficial exatamente há um mês, o time apostou numa preparação extensiva, mas que acabou atrapalhada por outros compromissos.

"Nós nos preparamos muito para esse jogo, mas infelizmente a agenda de viagens e outras coisas complicaram nosso planejamento para estarmos aqui dando 120%. Mas não é só isso, hoje começamos a nossa preparação às 9h da manhã para chegar bem no jogo, estamos nos dedicando muito todos os dias. É recuperar esse ritmo. Hoje tivemos uma experiência boa e precisamos voltar bem amanhã", afirmou.

Agora, o Fluxo aguarda pelo perdedor do confronto entre G2 e Liquid para saber quem será o adversário do time brasileiro no jogo decisivo do Grupo B, que acontece nesta quinta-feira, às 12h, valendo a vida na competição.

"O nosso time, os seis, estava com pé no chão desde o início. Sabíamos que era muito duro um primeiro jogo contra a NAVI, que poderíamos vencer (mas seria difícil). Sabíamos que teríamos duas chances. Perdemos hoje, mas amanhã temos uma nova chance. Não viemos de salto alto, porque estávamos ganhando campeonatos, viemos com pé no chão e sabendo que uma md3 muda toda a situação do time. E se não bater amanhã, sabemos o que construímos até aqui, e todos os campeonatos que virão, então estamos bem tranquilos internamente", finalizou.

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