Visão geral da sala secreta na de_voyna (Foto: Divulgação Helsingin Sanomat)

Valve barrou acesso da Rússia à mapa, diz jornal

IPs russos não estão podendo baixar de_voyna, que continha informações sobre guerra

Criado e lançado no início do mês pelo jornal finlandês Helsingin Sanomat, o mapa de_voyna, supostamente, não pode ser mais baixado por aqueles que jogam CS:GO em território russo. A informação foi dada pelo próprio jornal, na última quinta-feira, que procurou a Valve, mas não foi respondido pela empresa norte-americana.

Em nova reportagem, o Helsingin Sanomat informou ter descoberto que IPs russos não estão mais podendo baixar de_voyna no workshop da Steam. O fato, para o jornal, significa que a Valve bloqueou o acesso a página referente ao cenário para toda a Rússia.

Levando no nome a palavra russa "voyna", que tem o significado de guerra e é um termo proibido pela Rússia para se referir ao conflito russo-ucraniano, o mapa foi desenhado por dois conhecidos designers que trabalham com Counter-Strike e é inspirado em uma cidade eslava, mas com uma sala secreta na qual o jornal colocou reportagens próprias sobre a guerra. O Helsingin Sanomat tem dois correspondentes na cidade ucraniana de Bucha, cobrindo o dia a dia do conflito.

Ainda de acordo com o jornal finlandês, empresas ocidentais que operam na Rússia correm o risco de serem penalizadas pelo governo local por "repassarem" à população, de qualquer forma seja, informações "verdadeiras" sobre a guerra iniciada pelos russos contra Ucrânia.

O Helsingin Sanomat relatou ainda que o presidente russo Vladimir Putin quer um novo torneio nacional de esportes eletrônicos exclusivo para jogos que são desenvolvidos no país. Caso o campeonato seja criado, o Counter-Strike, por ser de uma empresa norte-americana, não estaria na grade de jogos.

O conflito russo-ucraniano acontece desde 2014, quando a Rússia e forças pró-russas na Ucrânia conquistaram a península da Crimeia e partes do território da região de Donbas. As tensões aumentaram em fevereiro de 2022, quando tropas russas invadiram o território ucraniano, com ataques a diversas cidades do país. Desde então ataques são registrados periodicamente e, em março, a Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um relatório no qual afirma que, pelo menos, 8 mil civis foram mortos e outros 13,2 mil feridos. Já em relação a militares, os EUA afirmam que já morreram 100 mil soldados russos e outros 100 mil ucranianos.

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