gabs durante a Lótus Challenge

gabs comenta final em navio e motivação da FURIA após título mundial

Jogadora da FURIA também falou de problema técnico que esfriou o jogo

Time campeão mundial, a FURIA não conseguiu mostrar o mesmo nível de jogo nesta terça-feira para a final da Lótus Challenge. Presente na equipe desde 2023, Gabriela "gabs" Freindorfer conversou com a Dust2 Brasil e avaliou o time na decisão.

"No primeiro mapa tiveram umas questões técnicas que deram uma esfriada. Estávamos 11x5 e a gente teve alguns problemas do nosso lado. Existe essa regra de pause, né? Quando um time começa a fazer 4, 5 rounds consecutivos, você pausa pra esfriar o outro time, porque ele pegou embalo. Só que o nosso pause não foi obrigatório. Nós estávamos no embalo e tivemos que pausar por problemas técnicos e isso nos esfriou. Mas foi mérito delas porque conseguiram voltar pro jogo e amassaram, não tem muito o que dizer."

Questionada, gabs deu mais detalhes sobre o problema técnico que aconteceu com a FURIA e influenciou no ritmo da equipe no primeiro mapa, vencido pelo MIBR por 13x11 depois do time sair atrás do placar na final.

"Foi um problema no áudio da kah. O TS dela estava com um erro, teve que reiniciar o computador e ela precisou reiniciar o computador. Ela foi pegar o celular para logar, estava sem bateria e tinha que carregar o celular. Foi inacreditável. Não houve nada de problema no computador, o evento estava tudo certo, só um problema no TS do computador da kah", explicou a jogadora.

Um outro fator que ajudou o MIBR na final foram as novidades apresentadas, que não puderam ser previstas pela FURIA, já que o time conta com Olga Rodrigues como nova IGL e Paulo "land1n" Felipe como treinador. gabs falou desta dificuldade e como o time trabalha para seguir focado depois do troféu mundial.

"Ficamos muito felizes quando vencemos o mundial porque era um sonho nosso, porém sempre tivemos muito pé no chão. Independente de ter vencido, nunca nos consideramos o melhor time, porque você precisa ter uma consistência para isso, tal qual a Imperial."

"Não sabíamos muito o que esperar das meninas do MIBR porque teve uma reformulação na line. Um coach e IGL novo, você muda todo time com isso e nós não sabíamos o que esperar. Elas tinham muito material nosso, pararam para sentar, assistir mapas, estudar os times, assim como fizemos delas, só que tínhamos pouco material. Já elas, com certeza, tinham 30 jogos de cada mapa para olhar e entender tendências. No esporte, perdemos mais que ganhamos, e graças a Deus ganhamos muito, porém temos que saber perder", seguiu gabs.

Saber perder passa também por tirar aprendizados da derrota. gabs falou dos próximos passos da FURIA depois do vice-campeonato no presencial.

"Vamos fazer um review porque erramos muito. Até quando ganhamos, tem muito erro, porque alguns rounds vencemos mas por demérito do outro time, que errou mais do que a gente. Temos que arrumar micros, situações individuais, vamos focar nesses ajustes que iríamos rever mesmo se tivéssemos ganhado, porém principalmente depois de ter perdido por 2x0", disse.

A final da Lótus Challenge aconteceu dentro de um navio da Marinha do Brasil. Mesmo sendo um local incomum para a realização de um campeonato de CS, gabs elogiou a estrutura - da mesma forma que fez Olga.

"Tem alguns eventos que estão no ramo há muitos anos e não têm nenhum carinho. Não irei nomear, mas é um evento muito grande que está no cenário há bastante tempo e decai a cada ano. Às vezes a mesa é alta e a cadeira não sobe. Daí tivemos que colocar almofada embaixo da gente para ficarmos mais altas. Estou contando uma história triste para dar um exemplo só. O evento está muito legal, boa estrutura, computadores também. Nada para falar do evento."

A escalação da FURIA que subiu ao palco da Lótus Challenge na última terça-feira é a mesma que defende a organização desde junho de 2024. O time está há um ano sem mudança, algo que é raro no cenário feminino.

"Rola muita dança das cadeiras quando as pessoas perdem, e eu não concordo. Você precisa entender o porquê de ter perdido e arrumar. A não ser que o time não esteja encaixando, o que é normal, acontece. Porém, não vejo outra preocupação no nosso time além de corrigir o que está errado."

"Uma dor muito grande que sofremos foi a saída do jnt, que foi para o MIBR masculino, porque ele encaixava muito com nosso estilo de jogo e entendia bastante. Precisamos procurar um treinador, estava escarro, mas felizmente tinha o msr que já estava na FURIA, pelo Academy, e conseguimos chamar ele para voltar para o nosso jogo. É muito difícil ter um time estruturado e perde umas peças", finalizou gabs.

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