
MIBR se pronuncia sobre caso kl1m
Nesta quarta-feira, o MIBR falou pela primeira vez sobre a fala de Klimentii "kl1m" Krivosheev, russo que chamou um chileno de macaco durante partida online na FACEIT. O clube disse que a linguagem utilizada pelo jogador foi "inaceitável e não reflete os valores da organização", além de aplicar uma sanção disciplinar interna.
"Reiteramos que repudiamos veementemente qualquer forma de preconceito, seja racismo, xenofobia ou discriminação de qualquer natureza. Nosso compromisso é e sempre será com a promoção de um ambiente seguro, respeitoso e diverso em todas as frentes do esporte eletrônico", disse o MIBR em nota.
"A linguagem utilizada pelo jogador foi inaceitável e não reflete os valores da nossa organização. Embora o atleta alegue que o uso do termo em sua cultura possa ter uma conotação diferente, reconhecemos e validamos plenamente o impacto histórico e social devastador que a palara carrega no Brasil. Não há espaço para ambiguidades quando se trata de racismo."
"Por isso, informamos que o atleta sofrerá sanções disciplinares internas e será imediatamente integrado a um programa de letramento racial e cultural, focado na história e nos desafios sociais do Brasil. A reincidência não será tolerada", continuou o MIBR.
Em uma partida online na FACEIT na última segunda-feira, kl1m chamou um jogador chileno de macaco. O russo mandou a seguinte mensagem: "O que você quer de mim, macaco". No X (antigo Twitter), kl1m falou sobre a situação, porém apagou o tweet posteriormente.
O código de conduta da FACEIT, plataforma na qual o jogo aconteceu, diz que, tanto por voz quanto por texto, os jogadores devem garantir que suas interações sejam respeitosas e apropriadas. "Conteúdos que mostrem, façam referência ou promovam violência ou ódio contra indivíduos ou grupos, baseados em características como idade, deficiência, etnia, identidade de gênero, religião, sexo, orientação sexual ou opinião política são proibidos", diz o artigo de padrão de conteúdos da FACEIT.
A política de banimentos da FACEIT prevê um banimento de, no mínimo, um mês para o primeiro banimento por toxicidade. No entanto, em caso de "extrema toxicidade, racismo, sexismo, ameaças de morte e outros abusos da integridade da plataforma", a punição pode superar o mínimo previsto.
A situação aconteceu antes mesmo de kl1m fazer sua estreia pelo MIBR, que aconteceu na noite última terça-feira. Pela ESL Challenger Cup 2, a equipe brasileira venceu a UnderDogs por 2 a 1.
Comunicado do MIBR na íntegra
"O MIBR vem a público se posicionar sobre o episódio ocorrido em uma partida rankeada na plataforma FACEIT na noite da última segunda-feira, dia 8."
"Reiteramos que repudiamos veementemente qualquer forma de preconceito, seja racismo, xenofobia ou discriminação de qualquer natureza. Nosso compromisso é e sempre será com a promoção de um ambiente seguro, respeitoso e diverso em todas as frentes do esporte eletrônico", disse o MIBR em nota."
"A linguagem utilizada pelo jogador foi inaceitável e não reflete os valores da nossa organização. Embora o atleta alegue que o uso do termo em sua cultura possa ter uma conotação diferente, reconhecemos e validamos plenamente o impacto histórico e social devastador que a palara carrega no Brasil. Não há espaço para ambiguidades quando se trata de racismo."
"Por isso, informamos que o atleta sofrerá sanções disciplinares internas e será imediatamente integrado a um programa de letramento racial e cultural, focado na história e nos desafios sociais do Brasil. A reincidência não será tolerada."
"Seguiremos trabalhando ativamente para que situações como essa não se repitam, reforçando nosso compromisso com o jogo limpo, com a nossa comunidade e com os valores que defendemos."
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