
FalleN: "Tenho muita vontade de jogar ainda"
A FURIA estreou com o pé direito na FISSURE Playgound 2 após vencer a Liquid por 2 a 1. Essa foi a primeira vitória da Pantera contra o adversário depois de seis derrotas, e de acordo com Gabriel "FalleN" Toledo, isso fez com que o resultado tivesse um "gostinho especial".
"Foi um grande jogo. Eles tiveram chances de vencer a partida também, os dois mapas finais foram bem pegados. Foi um jogo que para nós tinha um gostinho especial, tinha seis séries que não vencíamos eles, então eles estavam tendo bastante vantagem contra nós. Fiquei feliz que conseguimos jogar bem. Acho que no nosso lado CT hoje pecamos um pouco, não conseguimos fazer defesas muito sólidas no primeiro e segundo mapa. Mas compensamos bastante fazendo um bom TR nos três mapas e fomos entrando na competição. Gostei, acho que foi um resultado importante para nós."
Para ajudar a FURIA a vencer a Train, terceiro mapa da partida, FalleN ganhou um clutch 1x2, e revelou que os jogadores da Liquid o ajudaram nesse feito.
"Sendo bem sincero, foi um pouco de demérito dos adversários. Acho que não tinha necessidade deles se colocarem nesse risco. Eles devem ter achado que eu ainda estava de Five-SeveN e seria fácil finalizar o round, mas eu já tinha pegado a M4 e quando o primeiro cara se comprometeu com a briga do baixo eu já sabia que o de cima também já estaria comprometido e fui feliz por conseguir eliminar os dois e vencer. O adversário acho que deveria ter jogado um pouco mais fechado."
A FURIA é um dos times melhores colocados no ranking da Valve neste campeonato. FalleN revelou que isso coloca uma certa expectativa no time, e que acredita que podem ir longe no torneio.
"Agora pela nossa posição no ranking, pelo o que estamos demonstrando, sempre temos o desejo de vencer e também uma certa expectativa dos demais que assistem de que podemos ir longe. Nossa expectativa interna também é ir longe."
FalleN também falou que a FURIA já tem bastante experiencia jogando em arenas, mas que a Pantera ainda precisa jogar melhor contra times que são fortes nos grandes palcos.
"Temos bastante experiência jogando em arena, acho que o único que não tem é o molodoy. O último jogo que perdemos foi um que não tivemos muita chance, mas perdemos para o campeão que jogou muito bem. Sendo sincero não foi uma uma questão de ficar nervoso, de não se sentir à vontade jogando no palco, acho que foi uma questão estratégica mesmo, eles abordam algumas coisas nos mapas de uma maneira muito eficaz e não tivemos respostas", disse FalleN.
"De certo modo eles estavam um pouco na frente nas ideias de jogo deles e venceram o mapa com muita facilidade. Acho que houveram derrotas no passado onde o time talvez estava um pouco sem costume de arena, mas já começamos esse time jogando Astana, e acho que na minha opinião não é uma questão de jogar mais em arenas, mas sim quando for jogar contra um adversário que é muito bom arena precisamos conseguir fazer algo melhor", complementou.
FalleN revelou que a FURIA está perto de brigar pelos grandes títulos, mas que ainda precisa tentar mais vezes para conseguir conquistar um grande torneio.
"Nós temos jogadores muito bons no time. Eu tenho conseguido também fazer dentro da minha função, liderar bem a equipe. Acho que ter saído da função de AWP me trouxe uma consciência e mais espaço para focar em ser IGL do time. Estatisticamente temos um dos melhores TRs do mundo. Acho que tenho conseguido contribuir também com algumas eliminações, segurando o bomb. Os outros quatro jogadores do time são de um nível top, temos o KSCERATO que está com os números lá em cima, é um dos melhores do ano, molodoy um dos melhores jovens do ano. Acho que temos grandes jogadores e acho que o esperado é que a gente consiga aos poucos ir evoluindo, e quem sabe mais para frente estarmos brigando pelo título. Acho que não estamos longe, mas ainda precisamos tentar mais vezes."
Por fim, FalleN contou que ter mudado de função dentro do jogo o revitalizou um pouco, e que isso pode impactar sua decisão de seguir ou não jogando no final do ano.
"Tenho muita vontade de jogar ainda. Acho que ter mudado de função foi uma coisa que revigorou um pouco meu jogo. Tenho muitas coisas novas a aprender, tenho outros desafios. Depois de tanto tempo jogando, é legal você se encontrar em uma situação onde você ainda tem coisa nova para aprender. Em relação a parar de jogar ou não, acho que realmente vai depender desse final de ano, como estamos nos saindo, vai depender um pouco da questão dos meus planos para o ano que vem, não só como atleta mas também na vida pessoal."