
Campeão mundial no 1.6 aponta favoritos ao Major e times internacionais
A Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, recebeu dezenas de nomes da comunidade do Counter-Strike, tanto da atualidade quanto do passado. No entanto, os convites para o evento organizado pela FERJEE não se limitaram somente aos brasileiros, e um dos estrangeiros que viajou para a cidade foi Ola "elemeNt" Mou.
Veterano que foi multicampeão no CS 1.6, elemeNt foi convidado pela Federação depois que Jonas "bsl" Alsaker precisar rejeitar o pedido. Apaixonado pelo Brasil, o norueguês contou para a Dust2 Brasil que estava feliz em voltar a viver a cultura do país, e explicou como vem sendo sua relação com o jogo.
"Meio que desisti do Counter-Strike em 2009 e, desde então, não tinha olhado mais para o jogo, venho trabalhando em uma grande empresa. No meio do ano, comprei um PC para voltar a jogar com uns amigos e venho acompanhando os eventos, os jogos e estou bem atualizado na comunidade."
Embora não tenha sido pioneiro em internacionalização no CS, elemeNt atuou ao lado de estrangeiros há duas décadas, quando jogou por equipes como NoA e mibr, antecipando um movimento que se tornou comum mundialmente na atualidade.
"Antigamente, a conexão era muito ruim, então você jogava só com e contra times do mesmo país. Na Europa, era difícil você ter um alemão, um francês e três escandinavos porque o ping seria muito ruim. Agora, com o desenvolvimento da internet, dá para ter rosters internacionais."
"Se você usar apenas jogadores do seu país, passa a ter uma desvantagem conforme o tempo passa porque o pool de talentos é muito menor. Hoje, no momento atual do CS, é muito difícil alcançar o sucesso se você escolher somente jogadores do seu país. Não é impossível (ter sucesso), mas é muito difícil", seguiu elemeNt.
ElemeNt disse estar animado com o movimento de Gabriel "FalleN" Toledo, que foi "muito humilde" para ajudar a comunidade de CS, especialmente a brasileira. Na sequência, falou da barreira da linguagem na internacionalização.
"Se você der um pouco de tempo, as pessoas vão aprender a língua sozinha. Estive com muitas pessoas no começo que não falavam inglês bem, mas depois de 6 a 12 meses estavam falando muito bem. O inglês é o idioma favorito das equipes porque é a língua mais popular, então saber falar a língua é uma habilidade importante até para além do CS."
De volta a ter contato com o Counter-Strike e atualizado sobre o cenário, elemeNt opinou sobre os times favoritos ao título do Major.
"Em um dia bom, acho que qualquer time do top 5 pode vencer o Major. Mas vejo a FURIA, Falcons, Spirit com donk em um bom dia… esses podem assustar qualquer um. Acho que um desses três vai levar o troféu para casa."
O norueguês, que viveu mais o CS 1.6 e teve pouco contato com o CS:GO, elogiou o CS2.
"Achei mais complexo, as granadas e as utilidades têm um papel maior agora do que antes. Se você não sabe os pixels, flashes, é muito difícil jogar contra pessoas boas, então vou precisar de umas 1000 horas para pegar o meta do jogo para me sentir confortável da mesma forma que eu estava no 1.6", finalizou elemeNt.
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